Chaparro Agrícola e Industrial, S.L.
Informação profissional para a agricultura portuguesa
Este trabalho relaciona os danos causados pela mosca da azeitona em função da variedade da oliveira.

Novo método para monitorizar mais eficazmente a mosca da azeitona

08/05/2025
Estudo de campo realizado pela Universidade de Córdova observa que armadilhas amarelas mais pequenas e melhor distribuídas permitem um melhor controlo da população da mosca da azeitona.
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A mosca da azeitona é uma das principais pragas que ameaçam a qualidade e a viabilidade do azeite. A redução do peso e da quantidade dos frutos e o aumento da acidez do azeite que provoca levaram à “caça” a este inseto durante décadas. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) visa controlar os danos, reduzindo o uso de inseticidas químicos sintéticos. Para isso, o primeiro passo é monitorizar a população para saber qual é a melhor altura para realizar ações de controlo.

O problema é que “o atual sistema de monitorização da população da mosca da azeitona é obsoleto e não tem base científica”, explica o investigador Meelad Yousef, que, juntamente com a equipa formada por Enrique Quesada, Flora Moreno e Pablo Valverde, do grupo de Entomologia Agrícola da Universidade de Córdoba, realizou um estudo que permitiu estabelecer o método mais eficaz de monitorização da mosca da azeitona.

Após dois anos de ensaios de campo nas províncias de Córdova e Cádis, a equipa conseguiu estabelecer que os painéis adesivos amarelos de dupla face mais pequenos (10 × 25 cm) são as armadilhas mais eficazes para conhecer o número de moscas da azeitona. A distribuição ideal, de acordo com os ensaios, é de 15 painéis adesivos por hectare para uma maior precisão, mas também foi estabelecido que um mínimo de 4 armadilhas por hectare permite uma estimativa eficaz da população. Isto permitiria atualizar, com provas científicas, o guia espanhol de Gestão Integrada de Pragas, que estabelecia 6 armadilhas para uma parcela de referência de 300 hectares e não estipulava qual era a melhor armadilha para este inseto.

“Entre as armadilhas estudadas (6 diferentes), os painéis pegajosos amarelos e as armadilhas McPhail (muito comuns na gestão) superaram as restantes em termos de moscas capturadas, mas selecionámos os painéis pegajosos amarelos porque as armadilhas McPhail também capturaram muitos inimigos naturais, para além da mosca”, desenvolve Meelad Yousef. Uma vez selecionado o tipo de armadilha, foram experimentadas diferentes cores: amarelo, verde, branco e azul. E as moscas foram as que mais se aproximaram da amarela.

Em termos de tamanho, ao contrário do que se poderia pensar, a armadilha mais pequena (10x25cm) foi mais eficaz do que a maior (20x25), porque capturou o mesmo nível de moscas, mas reduziu a captura de outros incestos auxiliares. A informação sobre o tamanho também não constava do guia atual.

Além disso, continua a investigadora Flora Moreno, “propusemos a distribuição das armadilhas e a distância ideal entre elas para obter dados que nos permitam saber exatamente quando tratar, poupando os custos de tratar quando não é o momento certo”.

A variedade é importante

Como novidade, este trabalho relaciona os danos causados pela mosca da azeitona de acordo com a sua população em função da variedade da oliveira. Verificou-se que a variedade é um fator chave para saber quais os danos que uma determinada população irá causar “porque não afeta 10 moscas numa variedade da mesma forma que noutra”. Por exemplo, com uma quantidade semelhante de moscas nas variedades Frantoio e Empeltre, esta última teve muito mais danos.

Este trabalho lança as bases para uma monitorização mais eficaz que conduzirá a uma melhor tomada de decisões em termos de controlo da mosca da azeitona e é fundamental para o desenvolvimento de armadilhas eletrónicas que enviarão dados em tempo real aos agricultores e técnicos, nas quais o grupo de Entomologia Agrícola está atualmente a trabalhar.

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