No primeiro dia de feira, para além das reuniões de trabalho para discutir os programas de compra e venda, foi também a ser discutida a situação do setor das frutas e legumes. Todos os representantes deste setor debateram e partilharam as suas experiências e preocupações, focando os desafios atuais e os que se colocam a médio e longo prazo.
Nesta edição, os desafios mais referidos nas conversas com os agentes do setor coincidem em apontar o problema da falta de mão de obra e o que isso significa para o presente e, sobretudo, para as colheitas futuras. Também continua a ser motivo de preocupação o excesso de burocracia regulamentar por parte de Bruxelas no que diz respeito às restrições de matérias ativas para o correto desenvolvimento das culturas, a necessidade de redobrar os esforços na utilização do controlo biológico na luta contra as pragas e doenças, a incerteza quanto aos novos desenvolvimentos e requisitos da PAC, bem como a crescente concorrência de países terceiros e a falta de uma política comunitária que promova a reciprocidade necessária para que todos os países possam comercializar dentro da União Europeia com as mesmas regras de jogo.
É precisamente este aumento do número de países concorrentes que se reflete na sua capacidade de exposição nesta feira: China, Turquia e Egito destacam-se pela sua participação recorde, embora também se tenha registado um aumento notável no número de empresas de Espanha e do Peru. Concretamente, a presença da China cresceu 33%, a da Turquia 12% e a de Israel, que tem uma forte presença em maquinaria e tecnologia, aumentou uns notáveis 20%, segundo dados dos organizadores da Fruit Logistica.