Portugal tem três finalistas nos Prémios de Inspiração Agrícola e Rural - ARIA 2024, que tem por lema “Empowering young people” (Empoderamento dos jovens). Os projetos nacionais a concurso são Bananika na categoria “Agricultura Inteligente e Competitiva”, Espaço Utopia em “Proteção do Ambiente” e Quinta da Moscadinha na categoria “Tecido Socioeconómico das Zonas Rurais”.
Esta segunda edição dos Prémios de Inspiração Agrícola e Rural (ARIA) procura os projetos mais ecológicos, inteligentes, socialmente inclusivos, inovadores e resilientes da Política Agrícola Comum (PAC) implementados a nível local. Este ano, o concurso destaca os projetos que capacitam os jovens e as mulheres nas zonas rurais.
Os Prémios de Inovação Agrícola e Rural, promovidos pela EU CAP Network (Rede Europeia da PAC), têm o objetivo de reconhecer e incentivar a participação dos jovens na agricultura e no desenvolvimento das zonas rurais, através da distinção de projetos financiados pelos Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e/ou Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA). Em 2023, o projeto português “The Landscape Farm“venceu os prémios ARIA na categoria de”Proteção do Ambiente”.
Os ARIA 2024 dividem-se em quatro categorias: “Agricultura Inteligente e Competitiva”, “Proteção do ambiente”, “Tecido socioeconómico das zonas rurais” e “Juventude Rural”.
Após a avaliação de mais de 100 candidaturas, foram pré-selecionados 24 projetos inspiradores, que concorrem agora ao prémio na sua categoria temática, mas também ao Prémio Igualdade de Género e ao Prémio Voto Popular.
As votações do público estão abertas e podem ser formalizadas até às 17h00 (hora de Portugal) de 1 de dezembro.
A cerimónia de entrega dos Prémios ARIA 2024 realiza-se a 4 de dezembro, em Bruxelas e tem transmissão online. Nessa data são divulgados os seis vencedores: quatro de categorias temáticas, o vencedor do Prémio para a Igualdade de Género escolhido pelo júri e o vencedor do Prémio do Voto Popular - decidido pelo público.
Ao votar e ajudar a divulgar os projetos portugueses, o público está a apoiar projetos inspiradores nacionais e a dar-lhes o reconhecimento e a visibilidade que merecem.
A Rede Nacional PAC submeteu seis propostas para a edição de 2024 dos ARIA, resultado do trabalho colaborativo entre a RNPAC, a equipa dos projetos e os seus pontos focais regionais (que se situam nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Centro, Alentejo e Algarve e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira).
“Bananas com final feliz!” Só na Ilha Terceira, estima-se que são desperdiçadas 100 toneladas/ano de bananas. Confrontados com esta problemática, dois jovens, um produtor e um estudante, criam a Bananika, uma sidra sustentável de banana, pensada com o objetivo de reduzir o desperdício, valorizando a banana não aproveitada. Desde o início do projeto já conseguiram salvar 3 toneladas de banana e produzem 14 000 garrafas/ano destinadas essencialmente ao consumo local e nacional.
Uma empresa da tecnologia, um projeto pioneiro e inovador, que combina um espaço de co-working e um viveiro de plantas aromáticas e medicinais em modo de produção biológico. A inovadora construção do edifício principal, recorreu ao uso materiais reutilizados e reciclados (2.200 pneus usados, 11.000 latas de refrigerantes, entre outros). Este projeto é focado na proteção do ambiente e no envolvimento com a comunidade, além das atividades com escolas e escuteiros, integram na sua equipa utentes da ASSIS Norte e um refugiado senegalense.
Revitalizar a Camacha é a motivação por detrás deste projeto. A Quinta da Moscadinha, remete-nos para o passado, para a glória das inúmeras quintas madeirenses do séc. XIX e para os passeios de domingo em que todos iam beber sidra à Camacha. A combinação do alojamento turístico, com o restaurante tradicional e a fábrica de sidra artesanal, fazem com que este seja um projeto da e para a população da Camacha, não só pelos postos de trabalho criados, mas em particular por recuperar os pomares há muito abandonados que hoje são produtivos e fonte de rendimento. Motivos que levam à fixação da população a esta zona rural da Ilha da Madeira.