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Consórcio vai desenvolver biopesticidas sustentáveis provenientes de extratos de canábis

30/09/2024

A NOVA FCT anunciou que o projeto ValorCannBio, que visa o desenvolvimento de biopesticidas sustentáveis provenientes de extratos de canábis, contribuindo para a redução dos pesticidas de síntese química, vai receber financiamento da La Caixa/BPI no valor de 150 mil euros.

O consórcio, liderado pelo laboratório InnovPlantProtect (InPP), vai desenvolver o ValorCannBio para controlar as mais importantes doenças do olival (a Gafa e a Tuberculose), responsáveis pela perda de produção de uma cultura de extrema importância económica e social em Portugal.

O projeto ‘ValorCannBio - Valorização de subprodutos da canábis medicinal como biopesticida para o olival’ foi um dos vencedores da 6.ª edição do Programa Promove da Fundação la Caixa, em colaboração com o BPI e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), na categoria de projetos-piloto inovadores.

O projeto vai receber financiamento de 150 mil euros para explorar os subprodutos da produção de canábis medicinal como biopesticidas sustentáveis e eficazes para controlar as principais doenças do olival.

O consórcio integra também o Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCT) e as empresas GreenBePharma (GBP) - produção de canábis medicinal e AGR Global - cultivo e produção de olival.

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ValorCannBio

O projeto ValorCannBio pretende controlar duas das mais importantes doenças do olival: a Gafa e a Tuberculose. A Gafa é considerada prioritária, por causar perdas de produção que podem atingir os 100%, o que corresponde a mais de 50 milhões de euros, a redução da qualidade do azeite e estar a levar ao desaparecimento do património genético das variedades de olival tradicional como a galega, altamente suscetível à doença. A tuberculose, é uma doença do olival que se espalha pela quase totalidade dos olivais e que reduz a qualidade do azeite.

Para contribuir para o controlo das duas doenças que afetam o olival, a equipa de investigadores envolvida no projeto desenvolverá um biopesticida a partir de folhas da planta de canábis, consideradas excedentes do processo de produção de canábis medicinal em Portugal, que legalmente têm de ser destruídas. Este processo vai permitir atender às necessidades dos olivicultores, mas também abrir uma nova cadeia de valor associada à utilização de um subproduto da indústria da produção desta planta com fins medicinais.

O projeto foi anunciado no âmbito do Dia Nacional da Sustentabilidade, 25 de setembro, e atribuído a uma equipa já distinguida por vários projetos nacionais e internacionais.

O programa Promove pretende que as entidades utilizem os seus apoios, concedidos a fundo perdido, para passar da teoria à prática: perceber a viabilidade dos conceitos científicos em desenvolvimento, assim como explorar oportunidades de negócio ou preparar pedidos de patente. Neste caso em concreto, a equipa pretende avaliar junto do mercado qual o potencial comercial desta nova solução.

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