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Ministro da Agricultura vai ao parlamento falar sobre a crise na viticultura

13/09/2024

O ministro da Agricultura e Pescas vai ser ouvido no parlamento para debater a crise no setor do vinho e medidas de apoio aos produtores de uva. Com os preços inalterados há 20 ou 30 anos, como apontam alguns viticultores, e com os custos de produção a aumentar, estes agricultores estão a passar por dificuldades. Pedem também mais fiscalização para evitar a apropriação dos símbolos de certificação por outros tipos de vinho.

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O requerimento para audição foi feito pelo PCP e aprovado pela Comissão de Agricultura e Pescas. O PCP quer ouvir o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, sobre as medidas necessárias para apoiar os pequenos e médios produtores de uva face à situação de emergência na viticultura portuguesa.

Antes da aprovação do requerimento do grupo parlamentar do PCP, os deputados da Comissão de Agricultura ouviram uma delegação de autarcas da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) e representantes do Movimento Cívico dos Agricultores sobre a crise no setor do vinho.

Este ano a vindima está a ser feita num clima de incerteza. Por exemplo, os produtores do Douro queixam-se de dificuldades de escoar a uva porque os comerciantes alegam ter os ‘stocks’ cheios. Mas os problemas, segundo o movimento cívico, atravessam várias regiões vitivinícolas.

“Acho que nunca assistimos a uma situação tão dramática no setor vitivinícola, uma situação em que a aldrabice é de tal maneira permitida e não fiscalizada que dá um ar de impunidade total ao que se está a passar e vimos aqui clamar por justiça”, disse o produtor de vinho João Dias Coutinho, representante daquele movimento cívico à Lusa.

Por sua vez, Nuno Ferro, produtor e também representante do movimento, referiu à agência que “no Alentejo, o preço da uva está igual há 20 anos”. Apesar das oscilações, desde que os “fatores de produção aumentaram subiram e, em alguns casos, até triplicaram”, os viticultores passam por dificuldades e isto leva à destruição da marca do Alentejo”.

Alexandre Sousa Pinto, um outro membro do movimento cívico, realçou que, na região dos Vinhos Verdes, o “preço da uva é mais ou menos o mesmo há 30 anos”, que nos últimos 24 anos este território perdeu área de vinha, mas que as vendas de vinho têm aumentado entre 3 e 5% todos os anos. “O que torna um pouco difícil de explicar porque se vende mais vinho, o preço da uva não sobe e a superfície diminui. Temos aqui um certo mistério à volta disto”, frisou, salientou, apontando ainda que os produtores chegam a “entregar uvas no início da vindima sem terem tabelas de preços”, explica. Além disso, “o nosso problema, enquanto viticultores, é que estamos cansados de ver vinho de fora ser certificado como sendo da nossa região. O problema não é as pessoas beberem vinho de mesa, o problema é quando resolvem atribuir-lhe outro nome em concorrência com a nossa região”, referiu ainda Alexandre Sousa Pinto à agência.

No Douro, as vendas de vinho, designadamente de vinho do Porto, têm diminuído e, segundo este produtor, este facto também se deve à falta de promoção da região porque as receitas das taxas cobradas aos viticultores ficam cativas e não são aplicadas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

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