Chaparro Agrícola e Industrial, S.L.
Informação profissional para a agricultura portuguesa
Reportagem Feira Nacional de Agricultura

Setor agrícola revela maturidade perante desafios

Gabriela Costa24/07/2024

Como já é habitual, a Agriterra visitou a Feira Nacional de Agricultura e conversou com alguns dos muitos expositores presentes no CNEMA, em Santarém, entre 8 e 16 de junho. Nesta reportagem, conheça os lançamentos e inovações do mercado do setor agrícola, que enfrenta com maturidade gradual os desafios incontornáveis da sustentabilidade e da agricultura 4.0..

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Numa edição histórica que celebrou a 60ª Feira Nacional de Agricultura / 70ª Feira do Ribatejo (FNA24) e que marcou o 30º aniversário do CNEMA, o evento de referência para o setor agrícola em Portugal revelou as últimas inovações em maquinaria, equipamentos, serviços, fatores de produção e produtos agroalimentares. As boas práticas agrícolas regressam à FNA em junho de 2025.

AJAP

“Os agricultores exigem mais respeito e reconhecimento pelo seu trabalho”

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A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) aproveitou a Feira Nacional de Agricultura para tomar o pulso ao estado do setor. Das principais figuras políticas a agentes do setor agrícola, estudantes e futuros agricultores, todos partilharam ideias no stand da associação na FNA24.

A AJAP elencou alguns dos problemas do setor agrícola e, durante os nove dias da feira, conversou com os visitantes e foi visitada por diversas personalidades, incluindo José Pedro Aguiar-Branco, que conversou com o diretor geral da AJAP, Firmino Cordeiro, no dia 11 de junho. Já no dia 14 de junho, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi abordado pelo dirigente da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, à margem da sua visita à Feira Nacional de Agricultura. Transmitindo a Pedro Nuno Santos “a necessidade de o PS se reconciliar com a agricultura”, Firmino Cordeiro apelou ao secretário-geral do PS para “que olhe para o setor agrícola em Portugal como estratégico”, e para que valorize “a defesa dos territórios rurais, a necessidade de rejuvenescimento e a urgência no combate à desertificação e às alterações climáticas”. A 15 de Junho, foi a vez do Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, visitar o stand da AJAP, onde conversou com o seu diretor geral “sobre os inúmeros desafios do setor”.

Destaque ainda para a visita da João Bento Inácio, e filho (JBI Group), que aposta na plantação de abacate no Algarve. Firmino Cordeiro conversou com os responsáveis desta empresa no stand da AJAP sobre esta cultura, com destaque para as questões da água.

Lídia Santiago, vice-presidente Nacional da Ordem dos Engenheiros e mestre em ciência e tecnologia dos alimentos, também visitou o stand da AJAP, tal como Tiago Gouveia, presidente da Escola Profissional Agrícola D. Dinis – Paiã.

A AJAP também recebeu um grupo de 36 alunos da Escola Profissional da Moita, que escolheram profissionalizar-se em agropecuária, e uma delegação da Universidade de Évora. “A partilha de experiências e conhecimento são comuns a todos estes reencontros” que aconteceram na feira, sublinha.

Finalmente, vários jovens agricultores e estudantes procuraram a associação para se informarem sobre linhas de financiamento e acesso à profissão. Problemas como dificuldades em arranjar terra, acesso ao crédito bancário, constrangimentos a nível de água ou morosidade e burocracia dos processos "são preocupações que os jovens agricultores partilharam no stand da AJAP”.

A AJAP congratula-se com a evolução que o setor agrícola tem tido, apesar da burocracia e dos constrangimentos que ainda impedem que muitos investidores apostem no mesmo. “Esperamos que o novo Governo esteja atento e resolva muitas destas situações. Os agricultores exigem mais respeito e reconhecimento pelo seu trabalho e esforço, sendo que tudo isso tem de ser plasmado em medidas de política que confiram estabilidade e previsibilidade”. Caso contrário, “nunca teremos um setor confiante e otimista, pois as dificuldades são mais que muitas”, alerta Firmino Cordeiro.

Na véspera da FNA24 a AJAP emitiu um comunicado onde aponta os grandes desafios para a agricultura nacional e reafirma as posições que tem defendido sobre o setor. A associação “continua a bater-se pelo incremento à instalação de jovens agricultores, pelo combate ao abandono e desertificação dos territórios rurais, por uma maior capacidade de retenção da água e de combate ao desperdício deste bem, e pela melhoria da eficiência no seu consumo”.

De acordo com a AJAP, “importa ainda reverter o maior atentado ao Ministério da Agricultura, a cargo do anterior executivo: a inclusão das Direções Regionais de Agricultura (DRAP) nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), ignorando as posições das organizações do setor”.

BIOSTASIA

“Há uma preferência pelas soluções de resíduo zero”

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A afluência ao stand da Biostásia de clientes e de potenciais clientes “mostrou a preferência das pessoas pelas soluções de resíduo zero e a crescente preocupação com a sustentabilidade”, sublinha, em entrevista à Agriterra, Marisa Morgado Saias. Segundo a business development manager da Biostásia, “este ano os clientes foram mais assertivos, sabiam exatamente o que queriam, conheciam melhor as nossas soluções e não pararam só pela curiosidade, mas sim pela qualidade dos produtos que já conheciam ou pelo facto de ser uma solução sem químicos”.

Contudo, e tendo a empresa expectativas para a FNA24 iguais a 2023, isto é, manter o número de visitantes e o reconhecimento ao seu stand, “não atingimos os objetivos” propostos, já que “o número de visitantes à feira e ao nosso stand foi inferior ao expectável”.

Num balanço às tendências do setor apresentadas na feira, Marisa Saias afirma que “a produção agrícola caminha lenta, mas felizmente para soluções sem químicos, garantindo a sustentabilidade e uma agricultura regenerativa. Acreditamos que é possível fazer boas produções em modo resíduo zero e contribuir para uma indústria agroalimentar mais saudável”, conclui.

Este ano a Biostasia não lançou nenhum produto em feira, uma vez que havia lançado muito recentemente o META+, para controlar a Tuta no Tomate, para o mercado profissional. A empresa apresentou na FNA todos os produtos das suas gamas de Repelência, Proteção, Nutrição e Pet Care, e ainda produtos que podem ser encontrados na loja do seu distribuidor, o Sr. Orgânico, tais como sementes biológicas, óleos essenciais e produtos de cosmética natural.

EUROFRED PORTUGAL

“Esta edição foi muito positiva no que diz respeito à promoção da inovação no setor”

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Na perspetiva de Jorge Carvalho, business director da Eurofred Portugal, “este é um setor que enfrenta um grande desafio em matéria de processo de descarbonização”. De acordo com as estimativas mais recentes da ONU, a pecuária é responsável pela emissão anual de 6,2 giga toneladas de dióxido de carbono (CO₂). “Em termos práticos, isto representa 12% de todas as emissões libertadas para a atmosfera pela atividade humana, em 2015”. Neste contexto, o responsável alerta que “sem uma mudança de comportamentos, a emissão de CO₂ pode atingir o patamar das 9,1 giga toneladas em 2025”.

A Eurofred está consciente deste desafio e pretende “contribuir para a redução destas emissões através da integração de sistemas de climatização sustentáveis que cubram as necessidades de aquecimento, climatização e produção de água quente sanitária, com um consumo reduzido e um impacto ambiental quase nulo”, detalha Jorge Carvalho. Desta forma, “facilitamos uma melhor gestão dos recursos para otimizar a eficiência energética das instalações agrícolas e pecuárias”, sublinha.

A empresa participou na FNA24 para apresentar as suas soluções, e o balanço é positivo: “regressámos satisfeitos com o acolhimento caloroso que recebemos dos profissionais”, comenta o business director. Já no que toca ao balanço geral da feira, Jorge Carvalho considera que “esta edição foi muito positiva, sobretudo no que diz respeito à promoção da inovação no setor”.

Ao longo do evento a Eurofred Portugal teve a oportunidade de “sensibilizar os interessados e dar a conhecer soluções e boas práticas, oferecer apoio e orientação aos gestores e proprietários agrícolas e aconselhar sobre as novas tendências que marcarão o futuro desta indústria”.

No domínio da climatização, a Eurofred fornece soluções à medida para ajudar as empresas pecuárias e agrícolas no seu processo de descarbonização, reduzindo, assim, o seu impacto no planeta. Além disso, a empresa ajuda a ajustar o consumo de energia das instalações, aumentando os lucros e tornando as empresas mais resilientes.

Quanto a lançamentos na FNA, para o setor agrícola, Jorge Carvalho destaca a bomba de calor aerotérmica HT Pro, “mais sustentável, compacta e mais fácil de instalar do que a sua gama anterior, a HT, e capaz de minimizar o impacto no meio ambiente graças ao gás refrigerante natural R744 (CO2), além de reduzir o consumo em 25-50% em comparação com o gás natural ou gasóleo”. A empresa apresentou também os seus catálogos 2024/2025 para a Daitsu, Fujitsu e para a General. “A nossa preocupação constante em todos os equipamentos é reduzir o impacto ambiental e, acima de tudo, ir ao encontro das necessidades dos clientes”, remata o responsável.

KUBOTA

“A FNA deve ter representação nacional”

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Presença habitual na Feira Nacional da Agricultura, a Kubota participou no evento com uma expectativa idêntica à de edições passadas, isto é, “apresentar a gama Kubota com as principais novidades em destaque, bem como receber os parceiros de negócio, concessionários e clientes, com a melhor representação possível”, detalha Paulo Vieira. Nesse sentido, “os objetivos foram alcançados, na medida em que todos os dias tivemos o nosso stand com a afluência desejada”, conclui o gestor comercial da Tratores Ibéricos, que representa a marca Kubota em Portugal.

Num balanço à FNA24, o responsável considera que “este setor, como todos os outros, tende a autoregular-se, e nesta edição, foi notória a mudança de atuação por parte da grande maioria das marcas no mercado de máquinas agrícolas: os maiores fabricantes nacionais de equipamentos não se fizeram representar, muitos dos maiores players do mercado de tratores não tiveram qualquer representação. Outros optaram por aparecer a nível local, em conjunto com o concessionário da zona. Mas continuamos a acreditar que a FNA é, ainda, uma feira nacional que deve ter representação nacional”, defende Paulo Vieira.

O maior desafio atual, diz, “tem a ver com a adaptação das marcas às exigências do mercado. Nas gamas de produto mais profissional as constantes exigências na redução de emissão de gases (motores menores, motores elétricos ou a hidrogénio, etc.) obrigam a elevados investimentos na investigação e tecnologia, e nas gamas de produto menos especificado e de menor potência, os fabricantes orientais, maioritariamente chineses e indianos, apostam com grande expressão no mercado europeu”. E, na FNA24, “foi bem evidente a aposta destas duas potências mundiais”.

Na opinião do gestor comercial, “atualmente deparamo-nos com duas grandes faixas de produto bem diferenciadas: produtos muito profissionais e altamente avançados tecnologicamente e produtos bastante simples onde o baixo preço é um requisito por parte do cliente.

A empresa teve representada no CNEMA toda a sua gama de tratores, bem como alfaias das mais variadas soluções: forragem, sementeira, mobilização e tratamento de solo. No entanto, e como sublinha Paulo Vieira, “o destaque principal foram as culturas especiais e os produtos Kubota que mais se adaptam”: os tratores M5002NQ, que atualmente dispõem de suspensão no eixo dianteiro e cabine categoria 4, e que são o mais recente melhoramento deste modelo; e atomizadores rebocados XTA com o sistema H3O, que permitem eficácia, redução da deriva e custos associados, bem como registo de dados de todos os tratamentos, informação essencial para preenchimento dos cadernos de campo.

KUHN

“Os vários players apresentam soluções cada vez mais tecnológicas”

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Miguel Vieira, general manager da Auto-Industrial - Divisão Agrícola (empresa do grupo Auto-Industrial responsável pela importação de equipamentos agrícolas da marca Kuhn), refere, em declarações à Agriterra: “como tem sido habitual, quisemos, mais uma vez, participar para que os concessionários e clientes pudessem ver a versatilidade da nossa gama de produtos. Além de apresentar novos produtos, o objetivo foi receber feedback dos clientes, em geral, sobre esses novos produtos”. Neste âmbito, “alcançámos os nossos objetivos”, garante Miguel Vieira.

No que respeita à discussão, na FNA, dos grandes desafios atuais do setor, “o balanço é positivo, pela apresentação de soluções de vários players cada vez mais tecnológicas, que nos farão enfrentar o desafio da dinamização do setor agroalimentar com sentido de responsabilidade e respeito ambiental. Todos os setores desta cadeia, desde a produção ao consumo, terão de contribuir com eficácia e dinamismo”, defende.

Quanto a lançamentos na FNA, o general manager destaca a presença de algumas máquinas que nunca tinham sido apresentadas ao público em edições anteriores, nas marcas Kuhn (Pulverizador Lexis 3800), Lovol Agrícola (Trator de 115V, M1104) e Industrial (mini escavadoras TF18, FR26 e FR36).

LIPOR

“Fizemos provas de produtos que utilizam o Nutrimais durante toda a feira”

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Filipa Teixeira, coordenadora da unidade comercial da Lipor, explica que o Nutrimais (composto orgânico 100% natural produzido na Central de Valorização Orgânica da Lipor) marcou presença neste certame pelo 6.º ano consecutivo, “dando a conhecer toda a sua gama e contactando com clientes e interessados em soluções agrícolas”, e demonstrando que “a conservação dos solos e o enriquecimento nutricional das culturas agrícolas podem ser feitos de uma forma saudável, natural e sustentável”.

De acordo com a responsável, durante a FNA24 “foram vários os contactos estabelecidos interessados nos benefícios da aplicação dos produtos Nutrimais, desde o mais pequeno terreno, até às grandes explorações agrícolas nacionais. Durante toda a permanência na feira, “foram feitas provas de produtos que utilizam o Nutrimais nas suas culturas agrícolas. Esta sinergia de parcerias com os produtos permite dar a conhecer e promover o consumo de produtos agrícolas que apostam na qualidade das suas produções”, sublinha Filipa Teixeira.

Afirmando que “o balanço da feira foi positivo”, a responsável da Lipor adianta que a associação de municípios continua a lançar novos produtos, defendendo que o certame do CNEMA “permite chegar a grande parte do nosso público-alvo. Espero que a nossa participação consiga ser, também, uma forma de incentivar outros players do mercado a participar”, conclui.

NUTROFERTIL

“Valorizámos a nossa estratégia na implementação de práticas de sustentabilidade”

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A presença na FNA da Nutrofertil, “como marca líder do mercado das matérias orgânicas”, funciona “como uma imagem de referência para os agricultores perceberem que estamos ativos, com soluções diferenciadoras e direcionadas para as suas necessidades”, afirma Nanci Santos, do departamento de marketing da Nutrofertil. “Estamos a tornar-nos cada vez mais versáteis e adaptáveis às novas culturas”, avança à Agriterra, reiterando que o objetivo da empresa, nestas feiras, “é mostrar aos nossos agricultores que estamos com eles e que estamos presentes”.

No que concerne a dinamização da indústria agroalimentar e discussão dos grandes desafios atuais do setor, Nanci Santos regista “um interesse acrescido e uma curiosidade crescente por todas as questões biológicas de respeito e comunhão com a natureza”. Existem “muitos novos projetos de quintas ecológicas, novos agricultores ou apenas pequenos produtores caseiros que optam por este tipo de soluções”, nota.

Segundo a responsável, a partilha durante a feira “foi intensa, não só com futuros e potenciais clientes, mas também na criação de sinergias muito interessantes para o nosso meio. Primámos em valorizar a nossa estratégia na implementação de práticas de sustentabilidade que resultaram em aumentos significativos na área dos fertilizantes biológicos e nas soluções orgânicas para aplicação em grandes culturas”.

A Nutrofertil tem feito “uma aposta fortíssima” no acompanhamento técnico e na divulgação de soluções orgânicas e biológicas para fertilização de fundo e manutenção de fertilidade dos solos. Durante a Feira Nacional de Agricultura, foi dado destaque aos Substratos Profissionais direcionados para culturas chave como a vinha, olival, amendoal e kiwi, destaca Nanci Santos.

Na sua opinião, “participar num evento como este é, sem dúvida, ter a certeza que pertencemos a uma montra de elite onde o melhor e mais inovador produto agrícola está à disposição do agricultor, numa versão prática e de convívio”.

OCEANA MINERALS

“Vimos, na prática, a maturidade dos produtores portugueses na busca por alternativas sustentáveis para seus negócios”

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A Oceana Minerals é uma empresa brasileira que transforma a alga da espécie lithothamnium em produtos naturais, sustentáveis e ecológicos, utilizados como fonte nobre de Ca e Mg para a agricultura, nutrição animal e tratamento de águas.

A empresa já tinha visitado outras edições da FNA, mas este ano resolveu participar como expositor e ficou “muito feliz com os resultados alcançados”, afirma, em entrevista, Paulo Kloeckner, diretor geral Europa da Oceana Minerals. “Sabemos da importância do mercado português e vimos, na prática, a maturidade e consciencialização dos produtores na busca por alternativas naturais, ecológicas e, acima de tudo, sustentáveis para seus negócios”, sublinha.

Neste contexto “quando comparamos os danos ambientais de uma mina terreste de extração de minerais e a forma sustentável como extraímos esta alga fossilizada do fundo do oceano, sabemos que estamos no caminho correto”, acredita Paulo Kloeckner.

Detalhando que durante os nove dias da feira a empresa teve a oportunidade de “comprovar a diversidade de produtos, equipamentos agrícolas, soluções tecnológicas e a presença de representantes públicos interessados em buscar soluções que beneficiem os produtores e o ambiente”, o diretor geral Europa da Oceana Minerals considera que, se eventualmente “as primeiras edições da FNA tiveram como objetivo principal fomentar o mercado agrícola e de criação local e regional”, atualmente “a sua importância é reconhecida além das fronteiras de Portugal”.

A empresa brasileira apresentou, durante a feira, dois produtos à base da alga Lithothamnium, o LithoNutri, para nutrição animal, e o Algen, para agricultura. LithoNutri é um tampão orgânico de libertação lenta altamente eficaz, composto a 100% por algas marinhas da espécie Lithothamnium. Rico em carbonato de cálcio e magnésio biodisponível, contém mais de 70 outros minerais, que contribuem para a saúde, crescimento, reprodução e manutenção de ruminantes e monogástricos.

Algen é um fertilizante de origem orgânica, fonte nobre de cálcio e magnésio, com ação bioestimulante, promotor do crescimento de microrganismos e potencializador de fertilizantes. 100% composto por algas marinhas de espécie Lithothamnium, este produto melhora a qualidade do solo e aumenta a produção e qualidade das culturas agrícolas. Como explica Paulo Kloeckner, “por possuir uma estrutura biológica única, rica em elementos minerais e orgânicos de alta disponibilidade, a linha Algen age rapidamente, melhorando as propriedades químicas e biológicas do solo e trazendo mais eficiência na nutrição dos sistemas agrícolas”. Além de aumentar a qualidade e o volume produtivo das culturas, este produto possui benefícios altamente relevantes para a recuperação do solo”, garante.

PORTUGAL FRESH

“A FNA foi muito interessante na partilha dos desafios da cadeia agroalimentar”

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Para a Portugal Fresh as expectativas com a participação na FNA são sempre elevadas, “porque estamos a falar da maior e mais importante feira de agricultura no nosso país”, afirma Gonçalo Santos Andrade. A recente edição “foi uma oportunidade para promovermos o setor das frutas, legumes e flores perante o consumidor final, de diversas gerações e com comportamentos de compra diferentes, e de promover o plano de atividades junto dos agricultores, organizações de produtores e cooperativas”, sublinha o presidente da Portugal Fresh.

As participações internacionais da associação em feiras e missões empresariais “não são conhecidas por algumas empresas do setor que não são associadas”, explica, e “a intensa visita de pessoas do setor a este evento é uma oportunidade para explicarmos o objetivo da promoção internacional e para angariarmos associados”.

Num balanço à edição de 2024, Gonçalo Santos Andrade considera que a feira “foi muito interessante na partilha dos desafios da cadeia agroalimentar, já que tivemos contactos com toda a cadeia, desde produtores de sementes e plantas a agricultores, operadores logísticos, indústria e distribuição”.

O responsável recorda ainda os inúmeros seminários e colóquios realizados, “onde se debateram os maiores desafios do setor, com destaque para a importância da gestão dos recursos hídricos e a necessidade de conseguirmos aumentar as nossas reservas de água, fundamentais para um crescimento sustentado do setor”. A este respeito, afirma: “é fundamental que as obras de modernização de muitos perímetros de rega que têm mais de 50 anos avancem, a fim de maximizarmos as oportunidades que o mercado nos oferece neste momento”.

TRANE PORTUGAL

“Os nossos serviços de aluguer temporário permitem ao setor manter altos níveis de produção”

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A Trane Portugal participou pela primeira vez na Feira Nacional da Agricultura. A empresa tem estado presente em feiras “por todo o país”, mas ainda “não tinha tido a oportunidade de expor numa feira deste setor”. Em entrevista à Revista Agriterra, Marco Campos, diretor técnico da Trane Portugal explica: “escolhemos esta em particular pela sua importância e projeção a nível nacional”.

Segundo o responsável, embora tenha uma forte presença na indústria agroalimentar, o objetivo da empresa sempre foi “explorar outras vertentes deste setor, porque sabemos que ainda temos muita margem para crescimento e que os empresários podem beneficiar com a utilização dos nossos produtos e serviços”.

Balanço feito, a presença da Trane Portugal na FNA “foi muito positiva”, com destaque para “a quantidade de visitantes que passaram pelo nosso stand e que ficaram a conhecer o potencial dos nossos produtos e serviços e os benefícios que estes podem agregar à expansão e modernização das diversas áreas ligadas à indústria agroalimentar”, sublinha Marco Campos. “Podemos dizer com toda a certeza que a FNA 2024 correspondeu às nossas expetativas e os nossos objetivos foram alcançados”, conclui.

Quanto ao impacto da feira na indústria agroalimentar, e embora a empresa seja estreante, de acordo com o diretor técnico da Trane Portugal, “deu para perceber a importância que a FNA tem na dinamização do setor através da exposição de uma grande e abrangente variedade de produtos. A Trane veio complementar a vasta oferta de soluções já existentes com a exposição dos seus equipamentos para comercialização ou aluguer”.

Estes equipamentos “estão direcionados para as diversas áreas agrícolas em que seja necessário o controlo de temperaturas ou ambientes para a conservação de produtos ou processos fabris, num mercado cada vez mais exigente e inconstante”, explica. Sendo as alterações climáticas um dos principais motivos para as variações na produção agroalimentar, “os serviços de aluguer temporário de que dispomos vêm ajudar os empresários do setor a superar as diversas dificuldades provocadas por essas alterações, permitindo manter altos níveis de produção e evitar desperdícios de excedentes de produto”.

Dentro do seu vasto leque de produtos, a Trane Portugal teve “o cuidado de selecionar” para a FNA24 “apenas aqueles que poderiam acrescentar valor diferenciado à feira, e acima de tudo, que fossem ao encontro das necessidades dos empresários do setor”. Assim, a empresa apostou na divulgação da marca de chillers que adquiriu recentemente, a MTA, “por ter uma linha de equipamentos especialmente desenvolvidos para satisfazer necessidades de arrefecimento muito específicas do setor agroalimentar”. Complementarmente, teve em exposição os seus equipamentos para soluções de arrefecimento ou aquecimento genéricas.

“A divulgação do aluguer de equipamentos também foi uma grande aposta para esta feira, porque sabemos que este setor tem necessidades de equipamentos de refrigeração temporárias”, já que, “por vezes a aquisição e manutenção de equipamentos novos para uma utilização anual muito reduzida torna o investimento muito pouco sustentável”, destaca ainda Marco Campos. A opção de aluguer permite aos empresários pagarem apenas pelo período que necessitam do equipamento, ficando isentos dos custos de manutenção ao longo do ano, e as empresas podem escolher a potência da máquina em função da sua produção.

Na frota de aluguer da Trane Portugal, Marco Campos destaca os chillers e bombas de calor para arrefecimento e aquecimento de água, desde os -12°C até aos 85°C, os rooftops para climatização de espaços e os contentores refrigerados para armazenamento de produtos frescos ou congelados.

A empresa aposta também na divulgação do seu sistema de controlo e monitorização remota, “uma forma simples e eficiente dos utilizadores dos equipamentos terem acompanhamento e supervisão à distância, rentabilizando recursos e evitando desperdícios ou perdas de qualidade de produtos”, conclui o diretor técnico da Trane Portugal.

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