Chaparro Agrícola e Industrial, S.L.
Informação profissional para a agricultura portuguesa

“A adesão das empresas à Agroglobal revela uma dinâmica de fazer acontecer no novo espaço”

Entrevista com Paulo Fardilha, diretor geral da Agroglobal

Gabriela Costa30/08/2023

“Os participantes trarão muita tecnologia associada à transformação digital e à sustentabilidade”

“O agronegócio tem oportunidades imediatas, mas não sustentáveis a médio e longo prazo”

A Agroglobal 2023 arranca a 5 de setembro e traz ao novo palco do agronegócio – o CNEMA, em Santarém - novidades e inovação tecnológica. Em Entrevista, Paulo Fardilha antevê a dinâmica de uma edição “cada vez mais Agroglobal”.

Paulo Fardilha, diretor geral da Agroglobal

Paulo Fardilha, diretor geral da Agroglobal

O que se pode esperar, em termos de novidades e inovação, desta edição renovada que aposta num novo espaço para os expositores?

Na IX edição vamos encontrar uma “cada vez mais Agroglobal”. As novidades e a inovação são os participantes que vão trazer para este palco do agronegócio. Vamos encontrar muita tecnologia, associada à transformação digital e à sustentabilidade.

Que mais-valias traz a organização do CNEMA à principal feira profissional de agricultura e agronegócio?

Julgo que os profissionais que nos visitarem vão sentir as diferenças do local, mas a essência mantém-se. No CNEMA temos um espaço desenvolvido para eventos que teve de adaptar-se para as demonstrações e dinâmica da Agroglobal.

A adesão das empresas tem sido muito boa, apresentando uma dinâmica de fazer acontecer neste novo espaço. Contamos fechar as inscrições no final de julho, havendo ainda um número significativo de empresas com processos de formalização em curso. Ultrapassámos em junho os duzentos participantes com processo de inscrição formalizado.

Quais serão os temas em destaque nas conferências e debates nesta edição de 2023? E o que destaca no programa de este ano, em termos de demonstrações e lançamentos de produtos e equipamentos?

Em setembro vamos poder assistir a variados temas em debate. A conferência internacional dos cereais, com divulgação europeia, o congresso ibérico agropecuário, o prémio do jovem agricultor e o PEPAC serão painéis relacionados com as políticas do setor.

Como temas setoriais, teremos a escassez de água, carbono, sustentabilidade, transformação digital, olival e frutos secos.

Haverá espaços dedicados a apresentações técnicas promovidas por diversas empresas, divulgação de projetos a decorrer e outros já concluídos, em fase de entrada no mercado. Na zona dedicada às novas tecnologias serão expostos projetos inovadores e equipamentos que permitem a autonomia das máquinas em operação.

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De que modo é que um formato a “três dimensões”, dinâmico e interativo, vai promover a discussão e partilha de ideias entre os setores participantes?

Um evento desta natureza tem de ser preparado no terreno com muita antecedência. No início de 2023 começaram os preparativos, para que em setembro tudo esteja pronto.

Serão três dias muito intensos, em que inúmeras empresas de diversas áreas mostram ao setor as suas novidades, em equipamentos e serviços. Toda esta azáfama e atividade gera uma interação entre empresas própria da Agroglobal. Daqui resultam troca de experiências e partilhas de conhecimento que naturalmente geram novos negócios. Daí que “nós semeamos” – gerando negócios.

No atual contexto de crise e instabilidade (económica, mas também climática) quais são os grandes desafios que preocupam o setor?

A guerra veio trazer novos desafios ao setor do agronegócio, essencialmente porque se desenrola num país que, dada a sua importância ao nível da produção de cereais, na Europa, era uma referência para todo o mercado mundial. Assim sendo a incerteza e instabilidade levou a que a estratégia geopolítica mundial relacionada com o mercado dos cereais tivesse de ser repensada, e à data de hoje ainda não está restabelecida.

Ao mesmo tempo somos obrigados a lidar não só com o problema económico, mas também com os ajustamentos necessários provocados pelas alterações climáticas, em que a escassez de água poderá ser a origem de mais problemas na ordem mundial.

Assim os grandes desafios no momento são operar num mercado com estas incertezas, que fazem mudar o xadrez mundial de um dia para o outro. Isto leva-nos a repensar as estratégias a médio e longo prazo e a trabalhar um pouco mais no imediato.

Nessa conjuntura, que oportunidades se apresentam para o agronegócio?

Temos oportunidades mais especulativas, que operam na volatilidade dos preços dos bens produzidos, mas também uma grande nos custos dos fatores de produção. São oportunidades imediatas, mas não sustentáveis a médio e longo prazo.

Por outro lado, as empresas que nos últimos anos optaram por estratégias apoiadas em investimentos focados em processos de internacionalização, na sustentabilidade e na transformação digital, estarão sem dúvida melhor preparadas para superar os desafios e beneficiar das novas oportunidades.

Com todos estes desafios, há um, à escala global, a que todos vamos ter de dar resposta: “fornecer alimentos a uma população mundial que não pára de crescer e com níveis de consumo cada vez mais exigentes em termos nutricionais”.

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