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Timac Agro

Depois dos bio estimulantes, os micro-organismos

Alexandra Costa27/02/2023
Empresa apresenta uma gama nova - ADN Performance – com três produtos que pretendem atuar ao nível da proteção fungicida, quimioestática e resiliência probiótica da planta.
Marco Morais, diretor-geral da Timac Agro
Marco Morais, diretor-geral da Timac Agro.

Depois de, em 2022, ter apresentado os bio estimulantes à base de algas e minerais, a Timac Agro vira-se agora para os micro-organismos. A diversificação do portfólio, revela Marco Morais, diretor-geral da Timac Agro à Agriterra, vem no seguimento da estratégia da empresa de “tentar cobrir tudo o que sejam as necessidades dos agricultores para fazerem face aos desafios”. E isto vai desde “o solo, a planta, tudo o que diz respeito à nutrição vegetal, basicamente tudo o que permite que a planta se sinta bem”. Com a nova gama – ADN Performance – “conseguimos dar um passo em frente na inovação do que são os conceitos de bio estimulação da planta”.

Nova gama, três produtos (biológicos)

A nova gama é constituída por três produtos (biológicos) que vão trabalhar a parte fungicida, mas, também, a quimioestática e a resiliência probiótica. São eles o Tusal – que resulta da aquisição, em 2021, da divisão agrícola da New Bio Technic (NBT), empresa especializada em biotecnologia – o Emeoro Mix e o Probital – que resulta da investigação feita pela empresa espanhola, entretanto adquirida pela Timac Agro.
Como explica Marco Morais, a nova gama trabalha a dois níveis. Por um lado, a proteção do sistema radicular e das plantas, com o Tusal, um fungicida biológico à base de trichodermas, microrganismos que vão ser auxiliares da planta, protegendo-a. Quanto aos outros dois produtos, o Probital atua mais no solo, a potenciar a vida microbiana do solo e, com isso, “darmos também algum reforço à planta”, para que as suas raízes se desenvolvam.
A grande vantagem é que os vários produtos podem ser usados em conjunto e através da criação de soluções personalizadas à cultura e as suas necessidades. “Estes produtos são altamente sinergéticos”, confirma o diretor-geral da Timac Agro, que acrescenta que, por vezes, “o associarmos dois produtos destas novas gamas têm efeitos potenciadores na qualidade do solo e da raiz da planta”, dando mais (ou novas) “armas para o agricultor proteger as suas culturas e conseguir melhorar a qualidade do solo das suas culturas”. Sem esquecer que são produtos biológicos, algo que “tem cada vez mais procura no mercado”.
Além disso, estes novos produtos também podem ser usados em conjunto com as gamas existentes. “Defendemos que não há um produto que dê para tudo”, aponta Marco Morais, que acrescenta que “há produtos que são complementares naquilo que é o itinerário do agricultor”. Por outras palavras, uma cultura tem um ciclo de vida e, ao longo desse ciclo, o agricultor depara-se com vários desafios. “A cultura vai tendo várias necessidades”, aponta Marco Morais, que refere que o crescimento do portfólio pretende responder a todas as necessidades que o agricultor possa sentir, do ponto de vista nutricional, do solo ou da própria planta.
Os produtos vão ser lançados no mercado no próximo dia 1 de abril. No entanto, devido a obrigações legais, o Tusal já está no mercado desde o verão do ano passado. “Já temos vários produtores a utilizar este produto” diz Marco Morais, “com resultados fantásticos daquilo que é a sanidade da cultura e a capacidade de resistir ao ataque de fungos de solo”.
Neste momento, o Tusal está homologado para um conjunto de fungos de solo. “São fungos muito complicados para os agricultores”, reconhece o diretor-geral da Timac Agro, que acrescenta que ainda não está homologado para todas as culturas que “gostaríamos que estivesse”, mas a empresa está a tentar alargar o espetro de homologação no que diz respeito às culturas. Um exemplo? Em Espanha, o produto já está homologado para a cultura do amendoal, mas em Portugal isso ainda não acontece.

Portugal: crescimento e caso de estudo no vinho

No ano passado, a Timac Agro faturou 35 milhões de euros, dos quais nove milhões vieram da produção e comercialização de vinho. Um projeto que, segundo Rui Rosa, presidente da Vitas Portugal – empresa que detém a Timac Agro – é um projeto único e pioneiro dentro do grupo.
O objetivo deste ano passa por manter a taxa de crescimento – que anda nos dois dígitos - e aumentar o número de técnicos de campo. A empresa quer chegar aos 80 ainda no primeiro semestre.
O mercado nacional é algo diferente de outros onde a empresa está presente. O seu projeto de produção e comercialização de vinho traduziu-se, no ano passado, em investimentos avultados. Primeiro através da aquisição de 30 hectares de terreno, em Almeirim, e consequente instalação de vinha (a que se juntaram outros 50 hectares meses mais tarde), mas também na criação da primeira filial comercial Falua, no Brasil, e ainda a instalação de 11 hectares de vinha em Vila Verde. Dos vários investimentos, Rui Rosa destaca a compra de 125 hectares no Tejo, adjacentes ao terreno que já possuíam, assim como as aquisições na área do milho, em Monção, e uma nova instalação de vinha em Vila Verde.
O presidente da Vitas revela que a aposta no setor do vinho é algo pioneiro dentro do grupo Rollier. Uma aposta que, no ano passado, faturou nove milhões de euros. Para este ano, Rui Rosa acredita que será possível manter a taxa de crescimento, mesmo porque a empresa continua a fazer investimentos fortes. “Estamos com uma dinâmica forte de crescimento do grupo, à escala global, e no nosso país a mesma coisa”. O que se vai traduzir, também, no aumento da equipa. Em Portugal, a empresa tem neste momento cerca de 60 técnicos de campo, mas o objetivo é aumentar para 80 até ao final do primeiro semestre.

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