A The Navigator Company identificou, em 2021, mais quatro espécies de fauna e cinco flora com interesse para conservação, nas propriedades geridas pela empresa.
O Rato-do-campo (apodemos sylvaticus), o Rato de Cabrera (Microtus cabrerae), o Zarro-castanho (Aythya nyroca) e o Gamo (Dama dama) são algumas das novas espécies de fauna identificadas. Já o Musgo Esfagno (Sphagnum auriculatum) e o Linkagrostis juressi estão entre as espécies de flora detetadas no Parque das Serras do Porto. No total, estão identificadas 245 espécies de fauna nas propriedades da empresa e 800 espécies e subespécies de flora.
Além destas, importa destacar que a monitorização dos valores naturais nas áreas geridas pela The Navigator Company no Parque das Serras do Porto descobriu um pequeno núcleo de Cheirolophus uliginosus, uma espécie de flora endémica da Península Ibérica, encontrada pela primeira vez dentro da Área de Paisagem Protegida deste Parque, bem como nas propriedades da empresa. Trata-se de uma espécie que está classificada como 'Quase Ameaçada' na Lista Vermelha da Flora Vascular Portuguesa e 'Em Perigo Crítico' no livro Vermelho da Flora Vascular Espanhola.
Mais a sul, na Zona Especial de Conservação de Monchique, foram identificadas outras duas espécies de flora com interesse de conservação, a Carex helodes e a Campanula alata, listadas com estatuto 'Vulnerável' na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental.
Ainda nesta zona de habitat protegido, a continuação do trabalho de melhoria do estado de conservação realizado pela Navigator permitiu o adensamento de plantas de carvalho-de-monchique (Quercus canariensis), espécie que se encontra 'Criticamente em Perigo', de acordo com a Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental. Tal foi possível graças a cerca de cem bolotas recolhidas que foram para os viveiros da empresa e resultaram na reprodução de 40 novas plantas.
No total, existem apenas 350 destas árvores na área e, como nem todas produzem bolota, o objetivo é ir reproduzindo as que são encontradas, de maneira a aumentar a população e contribuir para a melhoria do estado de conservação dos carvalhais ibéricos de Quercus faginea e Quercus canariensis.
Também em 2021, no âmbito do trabalho regular de proteção da biodiversidade, foram colocados mais 20 ninhos artificiais na Herdade de Espirra, em Pegões, para espécies de aves insetívoras (que se alimentam de insetos), tais como o chapim-azul e a trepadeira-azul, tendo a monitorização permitido encontrar várias crias (seis ou sete por ninho).