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Uma equipa da Universidade de Jaén demonstrou o efeito benéfico dos olivais na retenção do principal gás com efeito de estufa, o CO2. Neste estudo verificou-se que, no cultivo tradicional, foi retirado da atmosfera mais CO2 do que no cultivo intensivo. O trabalho mediu o impacto ambiental da produção de azeite, tanto na fase agrícola como na industrial. Também avaliou o balanço e a pegada de carbono em plantações com diferentes densidades de árvores.
Os investigadores da Universidade de Jaén confirmaram também que os olivais de sequeiro contribuem para a mitigação das alterações climáticas comparado com os que usam sistemas de rega. Os olivais de sequeiro cultivados da forma tradicional absorveram significativamente mais CO2 do que os olivais que usam regagio e que os olivais intensivos, que se estão a tornar cada vez mais comuns na Andaluzia.
O impacto ambiental é avaliado em diferentes categorias. Especificamente, na categoria das alterações climáticas são calculadas as emissões de diferentes gases com efeito de estufa, enquanto o balanço e a pegada de carbono medem a diferença entre o que é capturado e o que é emitido em termos de carbono e CO2, respetivamente. Este é um cálculo utilizado para identificar que as atividades e as práticas de gestão de olivais podem ser melhoradas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e, assim, contribuir para a mitigação das alterações climáticas.
Os investigadores analisaram a pegada de carbono nas fases agrícola e industrial da produção de azeite em quatro explorações agrícolas da Andaluzia com cultivo tradicional de sequeiro, quatro com cultivo tradicional de regadio e três com cultivo intensivo. “Os dados foram conclusivos e a primeira dá conta de que é possível capturar 5,5 quilos CO2 da atmosfera para cada quilo de azeite produzido; no caso da cultura irrigada, este valor cai para 4,3; e o método intensivo permite capturar até 2,7 quilos de CO2 para cada quilo de azeite”, refere o investigador Lázuli Fernández Lobato, o principal autor do estudo 'Life cycle assessment, C footprint and carbon balance of virgin olive oils production from traditional and intensive olive groves in southern Spain’, publicado no Journal of Environmental Management.
O sequestro de carbono é produzido pela captura de CO2 da atmosfera pelas árvores (oliveiras), uma parte do qual permanece como parte das estruturas permanentes da árvore sob a forma de carbono orgânico ou acumula-se no solo com os restos de poda, se estes forem esmagados e depositados no solo. O estudo calcula o impacto ambiental da utilização de produtos e energia nas fases agrícola e industrial. Inclui também o tratamento de resíduos derivados dos processos realizados até à extração final do azeite.