Depois de um ano de interregno a AGRO voltou a Braga, no fim do verão (de 16 a 19 de setembro) em vez do habitual tempo de primavera, e numa versão apenas de exposição sem animação musical. De qualquer forma, na cidade todos se congratularam pelo regresso de uma feira que, há muito, faz parte da vida de todos.
A mais importante Feira de Agricultura, Pecuária e Alimentação do Norte de Portugal não quis deixar passar 2021 sem realizar a feira, embora ainda com restrições Covid.
A organização salienta que “apesar das condições adversas, é com agrado que a edição deste ano da AGRO contou com a presença de cerca de uma centena de expositores distribuídos por cerca de 25.000 m2. Fomos visitados por mais de 16 mil pessoas. Destacamos ainda a elevada adesão registada nas atividades paralelas que, entre seminários e espetáculos [concursos pecuários], contaram com perto de mil participantes”.
A próxima edição do certame está agendada para março de 2022: de 24 a 27.
Das várias conferências que tiveram lugar no certame, destaque para uma delas: As ‘Jornadas Técnicas de Agricultura de Precisão’, organizadas pela Agriterra e pelo Centro Nacional de Competências para a Inovação Tecnológica do Setor Agroflorestal (InovTechAgro), com o apoio da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), que se centraram em dois setores muito importantes na região – a pecuária, principalmente leiteira, e a viticultura.
Agrogarante debate sucessão geracional
A empresa esteve presente na AGRO para “divulgar os serviços e apoiar a feira”, disse-nos o administrador Carlos Oliveira. Mas fez questão de realizar num dos dias da feira um webinar sobre ‘Empreendedorismo e Sucessão Geracional’.
Advice Agribusiness lança Guia de Variedades de batata STET
A empresa é a representante da STET Holland em Portugal e outros países e lançou recentemente o Guia de Variedades de batata STET, que “tem uma seleção de 21 variedades das mais de 40 que a STET tem. São as nossas best sellers porque são variedades adaptadas ao nosso país”, explica o diretor da empresa.
Xloora ajuda a prevenir doenças da videira
A plataforma trabalha em conjunto com vários sensores (estações meteorológicas, etc.) que permitem monitorizar as informações climáticas a cada instante.
Até agora a empresa tem trabalhado apenas na área da viticultura mas Miguel Rodrigues adianta: “estamos a estudar também a possibilidade de a adaptar a outras culturas, nomeadamente, no mirtilo”.
Lisagri aposta nos viticultores
A Lisagri, representante exclusivo das tesouras de poda Infaco em Portugal, não quis deixar de estar presente na AGRO uma vez que “há cada vez mais viticultores na região”, diz-nos o gerente da empresa de Leiria.
Gabriel Pereira explica que “muitos produtores de leite com a descida de preços e dificuldades neste setor, viraram-se para a viticultura”, além disso, adianta que a feira deste ano se realizou num altura de final de vindima e que a época da poda será a seguir.
O gerente da Lisagri salienta que “as nossas tesouras têm o dobro do rendimento das tesouras manuais, pelo que o investimento amortiza-se rapidamente”.
AJAP promoveu seminário sobre Jovem Empresário Rural (JER)
Num dos dias da AGRO, a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), em parceria com a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a Federação Minha Terra e a Confederação Nacional dos Jovens Agricultores e do Desenvolvimento Rural, promoveu um seminário centrado na temática JER – Jovem Empresário Rural.
O objetivo deste ciclo de sessões foi discutir e aprofundar o estatuto de Jovem Empresário Rural, que inequivocamente constitui parte da solução para contrariar a tendência de despovoamento das zonas rurais, que consequentemente determina uma redução da taxa de natalidade e um envelhecimento progressivo das populações. A diversificação das atividades económicas e a valorização e a qualificação dos recursos endógenos têm de ser assumidas como vetores estratégicos para o desenvolvimento sustentado do País.
Pedro Rei, presidente da AJAP, disse à Agriterra que “muitos jovens não têm condições para terem uma exploração agrícola”, necessitando de atividades complementares. “Há um descomprometimento do Estado para com estas populações”, lamenta.
O responsável disse ainda que “a AJAP tem vindo a insistir na necessidade de haver um acompanhamento e estudo da eficácia dos apoios à instalação de jovens empresários, porque precisamos de perceber se este modelo tem dado resultados efetivos”.