Horsch destaca a microbiologia na sua viagem rumo ao futuro

A Horsch convidou vinte jornalistas europeus para lhes mostrar, na sede de Schwandorf (Alemanha), as linhas de trabalho em relação ao futuro e adiantar os novos produtos que apresentará na Agritechnica 2022.

A Horsch continua a trabalhar em I+D e a dedicar grande parte dos seus investimentos a esta área, com o olhar posto num futuro que está cada vez mais próximo. Na visão da empresa, as alterações climáticas trazem consigo importantes alterações nos paradigmas da produção agropecuária que “obrigarão” os fabricantes de maquinaria a disponibilizar as soluções apropriadas e a adaptar-se a um cenário em constante evolução.

Para além dos novos produtos desenvolvidos, que apresentará na próxima edição da feira Agritechnica (Hanôver, 27 de fevereiro - 5 de março de 2022), o fabricante alemão de implementos explicou os conceitos que considera decisivos para enfrentar com sucesso os próximos anos. Se há dois anos direcionou os seus esforços para a agricultura híbrida, desta vez colocou em cima da mesa um termo pouco utilizado entre os fabricantes de maquinaria agrícola: a microbiologia.

A exigência de aumentar a produtividade, devido ao forte crescimento da população global previsto para as próximas décadas, chega num momento de redução da superfície mundial cultivável, muita da qual se perde precisamente pelos efeitos das alterações climáticas. Daí que na Horsch se esteja atento às respostas que a microbiologia já está a proporcionar entre alguns produtores do Brasil, com vista à sua interligação com os equipamentos que fabrica e à sua aplicação noutras zonas do planeta.

Trata-se, definitivamente, de trabalhar em linha com aquilo que denomina como “tópicos verdes”, que não são mais do que as iniciativas postas em marcha em prol de uma agricultura que respeita o ambiente e os recursos naturais, como por exemplo, a estratégia do Green Deal promovida pela União Europeia. Segundo Michael Horsch, neste processo evolutivo surge a preservação da saúde como o principal problema a resolver, tendo em conta os efeitos das alterações climáticas.

Nesta “nova agricultura“ traçada pelo diretor-geral da empresa alemã, o terceiro vértice do triângulo é a digitalização, cujas ferramentas favorecerão o interesse dos jovens pela produção agrária - que exigirá menores níveis de formação neste capítulo - e melhorarão a precisão e a eficiência, duas das grandes tendências de futuro que o gestor realça, para além da inovação e da agricultura híbrida e orgânica. Um dos ”passos lógicos“ a dar neste novo cenário será a irrupção das soluções autónomas, que na opinião de Michael Horsch, favorecerão ”uma redução dos preços da mecanização”.

A Horsch é uma empresa familiar que com apenas 40 anos de vida revela um forte crescimento. Só nos últimos cinco anos, as vendas duplicaram e, em 2021, apesar da pandemia e das dificuldades de abastecimento nas fábricas, é mais que provável que superem os 500 milhões de euros.

Mais de metade do orçamento destinado a investimentos para os próximos três anos, que rondará os 100 milhões de euros, será destinada aos mercados de exportação. Recentemente pôs em funcionamento uma filial na Ucrânia, em Curitiba (Brasil) realizou “o maior investimento da história da empresa” com o objetivo de poder fabricar de acordo com as exigências locais, e atualmente está a realizar obras de construção e melhoria ou ampliação na sede, em Schwandorf, em Landau (unidade especializada em pulverização) e em Ronneburg (semeadores e equipamentos de lavoura).