Miguel Rodrigues, Xpectraltek
07/10/2021A Esca é uma doença do lenho causada por um complexo de fungos que provoca sérios problemas na planta levando, na maioria dos casos, à sua destruição.
A doença geralmente ataca vinhas mais velhas, mas foram já encontrados casos de infeção em plantas novas, até mesmo em viveiro. A Esca é já um problema grande para a economia de muitos viticultores e pode tornar-se numa verdadeira praga a nível mundial.
Os primeiros sintomas visíveis de Esca aparecem nas folhas, apresentando listras vermelhas ou amarelas, em castas tintas e brancas, respetivamente, podendo causar a necrose rápida de todos os órgãos da planta, sendo o mais comum entre as nervuras das folhas.
Dada a falta de tratamento para esta doença, o combate à Esca é feito de forma passiva, através de medidas preventivas com o objetivo de limitar a contaminação das plantas saudáveis, contudo, dada a dificuldade de detetar a doença atempadamente, pode ser muito difícil evitar o contágio. A maioria das medidas adotadas passa pelo aumento dos cuidados durante a poda. A desinfeção dos utensílios, a proteção das feridas e a poda discriminada podem ajudar a conter o fungo, mas a verdadeira solução passa pela deteção da doença no seu estado inicial e eliminação dos pâmpanos infetados pode parar a contaminação e salvar a planta.
O mais complexo neste processo é a identificação dos sintomas primários de Esca. A impossibilidade de observar o interior do lenho faz com que a única forma de a detetar seja a partir dos sintomas presentes nas folhas, porém, quando estes sintomas são visíveis a olho nu, significa que a doença está já descontrolada e a morte da planta é quase iminente.
Os métodos laboratoriais existentes para identificar os primeiros sintomas da doença são extremamente caros, demorados e raros, o que os torna numa opção pouco viável para a maioria dos produtores.
Uma solução muito interessante é a proposta oferecida pela Xloora que, através de imagens multiespectrais, consegue detetar a presença de doenças de forma rápida. O equipamento utilizado chama-se BACO e permite ver além do olho humano através da leitura de comprimentos de onda nas gamas dos infravermelhos e ultravioletas. As medições feitas na vinha podem alertar de imediato o produtor para os sintomas primários da doença de Esca, o que permite atuar localmente na planta e eliminar apenas as partes da planta afetadas pelo fungo.
Na imagem da página anterior, retirada da plataforma Xloora, é possível perceber que, apesar de aparentemente a folha estar saudável, foi detetada a doença de Esca através dos sintomas primários invisíveis a olho nu.
Além da doença de Esca, com a solução Xloora é possível detetar outros problemas bióticos e abióticos como doenças, deficiências nutricionais, stress hídrico, etc. Com o BACO conseguimos ter mais informação sobre o estado da nossa cultura e atuar sempre de forma preventiva, melhorando a sanidade das plantas e reduzindo os custos dos tratamentos fitossanitários.
Além da Esca, a solução Xloora é capaz de identificar outras doenças, carências de nutrientes, stress hídrico e muito mais.
Além do BACO, a Xloora trouxe para o mercado uma estação meteorológica, chamada SensIT, capaz de fornecer os dados climatéricos mais importantes para a previsão de doenças, e uma plataforma inteligente com funcionalidades capazes de ajudar os produtores nas tomadas de decisão.
O conjunto dos três componentes que fazem parte da solução Xloora (BACO, SensIT e Plataforma) consegue resolver muitos problemas dos produtores. A previsão do aparecimento de doenças é a primeira grande defesa e uma das maiores funcionalidades desta solução. Com os dados obtidos pelos equipamentos no terreno, é possível perceber se estão reunidas as condições para o desenvolvimento de míldio ou oídio, por exemplo. O facto de todos os dados estarem georreferenciados, permite-nos saber com exatidão onde estão localizados os problemas e evitar tratamentos ou adubações excessivas, poupando o ambiente e a carteira.
Para saber mais sobre a solução, contacte a equipa da Xloora através de xloora@xloora.com ou pelo telefone 253 339 293.
Miguel Rodrigues
Eng. Agrónomo