São alguns dos resultados obtidos, fruto do recente trabalho de investigação, ainda em curso, que está a ser desenvolvido no âmbito da III Edição do Mestrado em Administração e Gestão de Empresas Olivícolas da Escola de Negócios Agroalimentares (ESNEA), com o apoio da Intercoop Consultoría e da Juan Vilar Consultores Estratégicos, dirigido pela catedrática María Jesús Hernández e Juan Vilar.
O olival tradicional representa 70% do total da área com 8 063 473 hectares, dos quais 3 705 648 hectares correspondem a olival tradicional não mecanizável (32,17% da área mundial) e 4 357 825 hectares são dedicados a olival tradicional mecanizável (37,83% do olival mundial).
Os restantes 30% são de olival moderno. O tamanho médio da parcela mundial é de 2,6 hectares, com um total de um pouco mais de 4,4 milhões de propriedades.
Quanto ao aumento da rentabilidade no olival tradicional não transformável, a via para a obtenção de rentabilidade é a diferenciação do produto final, segundo se destaca no estudo.
Não obstante, a referida estratégia é válida para qualquer tipologia de olival, sendo duplamente beneficiado o olival moderno, dado que seguindo a estratégia de liderança em custos e de diferenciação ocorre um aumento notável da rentabilidade das explorações olivícolas.
Uma solução adequada é a conversão do olival cultivado de forma convencional em ecológico, o que implica uma marca diferenciadora do azeite virgem extra obtido, obtendo-se desse modo um preço superior no mercado.
12% da área de olival no planeta, o que representa 1,4 milhões de hectares, corresponde a cultivo ecológico, olival ético, olival emotivo ou outro tipo de diferenciações, como é o cultivo biodinâmico, biorregenerativo, heroico, olivais vivos em prol da biodiversidade e, inclusivamente, de propriedades diferenciadas por razões históricas.
A superfície de olival ecológico atinge 1 382 352 hectares de olival, sendo a maior parte olival tradicional e uma reduzida porção de olival moderno.
A projeção futura do cultivo ecológico é de crescimento, tratando-se de cultivos respeitadores do ambiente e da biodiversidade, estando o diferencial no preço dos produtos orgânicos e sendo a procura cada vez mais exigente.