Os municípios de Penedono e Sernancelhe (distrito de Viseu) e de Trancoso (Guarda) integram a região demarcada de produção de castanha com a Denominação de Origem Protegida (DOP) Soutos da Lapa.
Segundo José Ângelo Pinto, presidente do conselho de administração da Coopenela - Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, no concelho de Penedono, “tirando o desenvolvimento que é induzido por políticas públicas”, o produto mais expressivo nos três municípios é a castanha, “uma forte alavanca de bem-estar económico”.
Pela importância económica da castanha para a região, a Coopenela tem “consciência da responsabilidade” em relação à comercialização deste produto que, nesta altura do ano, conhece mais uma campanha de produção.
A Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, que foi fundada em 1997 para defender e valorizar a produção de castanha na região, tem atualmente mais de 500 associados a nível nacional e recebe produtos de várias regiões, sendo a castanha DOP Soutos da Lapa considerado o produto “mais forte”.
Em 2020, a cooperativa de Penela da Beira estima exportar 80% da produção de castanha.
Quanto à comercialização da castanha, a cooperativa tem uma política “baseada na exportação“e, este ano, devido à pandemia causada pela covid-19, está a ser vendida”um bocadinho mais devagar do que em anos anteriores”, mas “bem”.
A castanha da Coopenela é exportada para países como França, Alemanha, Áustria, Itália, Espanha, Brasil e Estados Unidos da América.
“A nossa expectativa é a de um bom escoamento do produto, um bocadinho mais devagar do que em anos anteriores, mas com uma valorização que pretendemos que seja boa”, vaticina José Ângelo Pinto.
Em 2019, a cooperativa de Penela da Beira exportou 92% da produção e em 2018 um total de 96%. Este ano estima exportar "à volta dos 80%".
No mercado nacional, a direção prevê que a comercialização de castanha “tenha uma expressão um bocado mais forte” do que em anos anteriores.