BA12 - Agriterra

ENTREVISTA 43 Defende que a agricultura é um setor estratégico em Portugal, mas tem um problema estrutural. No que impacta os jovens agricultores, o que considera premente fazer a nível de produção agrícola e em conjunto com as indústrias agroalimentar, agroflorestal, etc.? O problema está identificado na União Europeia e está identificado em Portugal. Os fundos estão disponíveis. As medidas em Portugal não acontecem. Dito isto, há um problema geracional em Portugal mais grave do que no resto da Europa (em alguns países do sul da Europa a transmissão da terra acontece tardiamente por razões culturais). Mas independentemente disso existem medidas relevantes que tinham de ser tomadas, porque estimulariam os jovens agricultores para uma opção vantajosa. Um agricultor, como qualquer pessoa de qualquer profissão, quer sentir estímulo no que faz e a rentabilidade do seu esforço. Mas em Portugal, no que respeita à agricultura e aos jovens, há restrições de acesso ao crédito, problemas relativamente à diminuição do emparcelamento das propriedades, e uma diferente tipologia de norte a sul, que faz com que também a casuística nas decisões políticas deva acontecer. Não é a mesma coisa falar da transmissão da terra e do tipo de agricultura no Minho, em Trás-os-Montes, no Alentejo ou no Algarve… De resto, deve-se ter em conta a atuação dos projetos face quer às possibilidades de arrendamento, quer às de propriedade, o que tem a ver com a sua gestão e com o relacionamento com a banca. E, depois, há um problema político e que tem a ver com a assunção pelos governos de que a agricultura é, por si mesma, estrategicamente uma prioridade. Creio realmente que é verdade, independentemente de qualquer dimensão eleitoral, que o CDS teve sempre a agricultura como um setor realmente estratégico. “Um jovem que se queira dedicar à agricultura tem que ter acesso a uma fiscalidade de benefício” AF_ABDD_Biostasia_AGRITERRA_180x125mm.pdf 1 17/07/23 19:38

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx