BA3 - Agriterra

50 REGADIO O 'Projeto Tejo' é um plano de fins múltiplos, apresentado em 2018, que pretende tornar o Tejo navegável desde Vila Franca de Xira até Abrantes, para desenvolver o turismo, a piscicultura, manter e expandir a área regada atual no Ribatejo, Oeste e Setúbal. O custo estimado do empreendimento é de 4,5 mil milhões de euros quando con- cluído, dentro de 30 a 40 anos, embora com 100milhões de euros seja possível começar a obra no espaço de quatro ou cinco anos, explica-se no recém- -criado website (www.projetotejo.pt). A + Tejo “é uma associação sem fins lucrativos que foi criada há cerca de ano e meio e quer levar por diante o 'Projeto Tejo'”, integrando pessoas, empresas e outras organizações públi- cas e privadas que queiram participar na divulgação do projeto e financiar estudos, explica-nos Miguel Campilho. Os membros da direção da Associação têm-se empenhado em apresentar o projeto a todas as ‘forças vivas’, ao Governo e à Assembleia da República, mas também outras entidades públi- cas, associações, municípios, empresas e órgãos de comunicação social, entre outros. “Não há ninguém que não conheça o projeto”, frisa, por seu lado, o presidente. Todos se mostram interessados e alguns apoiam a ideia de forma mais direta mas, Manuel Campilho lamenta: “O projeto não foi contemplado no Plano de recuperação e Resiliência (PRR)”, por exemplo. “Sem água não há vida e o Tejo leva muito pouca água em algumas alturas do ano. Por isso, podermos pôr água no Tejo traria mui- tas vantagens, e é isso que o Protejo contempla”. Todavia, Jorge Froes lembra que a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) lan- çou, em 2020, um concurso para um estudo sobre o projeto, para analisar a sua viabilidade, bem como os impac- tes socioeconómicos e ambientais, e que deverá ser adjudicado em breve. Enquanto Miguel Campilho salienta que “este é umprojeto de longo prazo, para a próxima geração e seguintes, para ser feito de forma faseada, por isso não estamos muito preocupados que algumas forças tentem travar o projeto agora, sabemos que ele vai passar vários governos”, adiantando que “a ideia colhe o apoio de cente- nas de pessoas e entidades. Agora, se o plano vai ser aplicado desta ou Da esquerda para a direita: Miguel Holstein Campilho, vogal da direção da + Tejo – Associação para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Tejo e administrador da Quinta da Lagoalva; o vice-presidente, Jorge Avelar Froes, agrónomo e especialista em hidráulica agrícola; e o presidente e agrónomo, Manuel Holstein Campilho. O presidente da Associação + Tejo, Manuel Campilho, afirma que “um Tejo sustentável ajuda ao desenvolvimento de todas as regiões nas suas diferentes valências (...) o que pretendemos é pôr as pessoas interessadas, as regiões, o País, a pensar no Tejo. (...) se nada for feito a situação vai-se agravar”. Foto: Visitfoods

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