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8 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.AGRITERRA.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE AJAP condena atrasos e cortes nos apoios aos agricultores A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) condenou, no início de fevereiro, os cortes logo no primeiro ano de implementação do novo quadro de apoio comunitário, PEPAC - Plano Estratégico da Política Agrícola Comum, com reduções de 35% e 25% nas dotações financeiras aos Ecorregimes de Agricultura Biológica e Produção Integrada. “Lamentamos que o Ministério da Agricultura e Alimentação trate desta forma os agricultores, a agricultura portuguesa e os territórios rurais cada vez mais abandonados. O problema não é apenas deste ministério, é de todo o Governo, que mesmo em funções toma decisões polémicas relativamente às principais organizações do setor, beneficiando umas em detrimento de outras”, admitiu a associação na ocasião. Em comunicado a AJAP apontou os constrangimentos, entraves e sucessivos adiamentos de calendário que se registaram com a campanha do Pedido Único (PU 2023), e diz que o pior, depois da primeira 'machadada' dos atrasos nos pagamentos aos agricultores portugueses, é foi uma segunda “machadada” bem mais grave: os cortes que chegaram a estar previstos nos pagamentos, nomeadamente nos Ecoregimes de Agricultura Biológica e Produção Integrada, com cortes de 35% e 25%, respetivamente. Na opinião da associação, esforço que tem sido pedido aos agricultores, no âmbito do Pacto Ecológico Europeu, com o objetivo de contribuírem para uma agricultura mais verde e sustentável cairia por terra se o setor fosse confrontado com esses cortes. A AJAP reitera que a sua ambição, em face da necessidade de instalar mais jovens agricultores, deveria ser uma prioridade das políticas agrícolas nacionais, que teima em não se verificar no Ministério da Agricultura. Ministra da Agricultura garantiu pagamentos de mais 25% dos Ecoregimes até março A ministra da agricultura garantiu, recentemente, o pagamento de mais 25% dos subsídios dos Ecoregimes até 15 de março, avançaram representantes dos agricultores que reuniram com a tutela no distrito de Bragança. Assim sendo, no total, até março os agricultores em regime de agricultura biológica e produção integrada vão receber 90% dos apoios, ficando a faltar 10%, que serão pagos em junho. Depois do encontro que durou cerca de duas horas, Armindo Lopes, um dos seis representantes dos agricultores que participou nas conversações, explicou que estes 25% dizem respeito aos cortes até 35% que foram anunciados e entretanto revertidos, ficando a faltar 10%, que serão pagos até 25 de junho. Segundo afirmou, a governante explicou que o pagamento destes 25% corresponde à atual disponibilidade financeira do governo, e que Bruxelas terá agora de desbloquear os restantes 10%. Estas medidas representam um valor global de 60 milhões de euros. Armindo Lopes esclareceu ainda que, no ano passado, foi criada uma nova plataforma europeia para identificar todos os produtores em modo de produção integrada e agricultura biológica, que passam a precisar de um certificado. A nível nacional, há dez entidades que emitem esta certificação. Os apuramentos ficaram concluídos a 31 de dezembro e a primeira prestação, 65% na maioria dos casos, foi paga a 25 de janeiro. Mas os agricultores que não conseguiram concluir o processo ainda não receberam ajudas. Esta reunião com a ministra da tutela foi marcada na sequência de um protesto que juntou cerca de 300 agricultores no concelho de Macedo de Cavaleiros e que levou ao corte da A4 nos dois sentidos.

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