BA14 - Agriterra

33 AGROINFLUENCERS que acumula mais de três milhões e meio de seguidores e que está a quebrar algumas barreiras ou crenças em torno das redes sociais e do mundo rural. Ele não se considera influenciador, diz que o que influencia é o conteúdo das suas produções e as pessoas que nelas aparecem, mas passa quase três horas por dia a trocar impressões com o seu público. Não vive das redes sociais, mas recebe o suficiente das mesmas para que a sua equipa o faça. E para si é muito claro: “não é que haja um interesse renovado pelo meio rural, o que acontece é que as pessoas necessitam do meio rural”. DO NICHO AO FACTO A grande maioria dos agroinfluenciadores são, como já dissemos, influenciadores de nicho, mas isso não os torna menos importantes, pois a capacidade de penetração das suas mensagens no campo específico da agricultura é grande e as marcas do setor não precisam do grande público e, portanto, nem das estrelas das redes, mas sim destas microestrelas que iluminam com precisão o lugar exato onde querem chegar. Isto é corroborado por Miguel Ángel Herguedas, diretor da agência Integral Media, uma das primeiras a começar a trabalhar com agroinfluenciadores: as marcas do setor não costumam necessitar de audiências massivas, mas sim de audiências específicas, e encontram nestes perfis a dimensão ideal para a sua promoção. Do sindicato COAG, o seu diretor de comunicação, Rubén Villanueva, acrescenta à ideia: “as celebridades com milhões de seguidores estão a perder credibilidade, já são vistas como anúncios ambulantes, todos os dias com um produto. Os agroinfluenciadores têm mais credibilidade e as bolsas de microinfluenciadores são cada vez mais utilizadas”. Herguedas indica que o grande desenvolvimento desta atividade chegou até 2020 e 2021, quando os perfis sociais do setor se consolidavam e as casas comerciais também descobriam esta possibilidade promocional. O número de seguidores é importante, mas o que é mais importante é a capacidade de Rubén Villanueva (COAG): “As celebridades com milhões de seguidores estão a perder credibilidade, já são vistas como anúncios ambulantes, todos os dias com um produto. Os agroinfluenciadores têm mais credibilidade e as bolsas de microinfluenciadores são cada vez mais utilizadas” Os partidos políticos estão cada vez mais conscientes do valor destes líderes de opinião.

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