BA13 - Agriterra

15 EVENTO tendem a desertificar num planeta, com recursos finitos, que vamos delapidando, com consequências terríveis para todos, nomeadamente para as novas gerações", conclui. AFINAL, QUAL É A ESTRATÉGIA? Na sua opinião, "o presidente da AJEPC, Alberto Carvalho Neto, ausente desta edição, tem feito o seu melhor esforço, e tem dado passos muito certos, por exemplo, ao envolver desde há algumas edições não só empresas portuguesas a participar na C-PLPEX, e ao criar o ambiente para que a feira pudesse estar associada a uma plataforma interativa”, afirma Firmino Cordeiro. Também por esta via é cada vez maior o número de países que fala português às portas da China, obviamente com interesses económicos para ambas as partes. Este cenário é impulsionado pelo aumento de relações comerciais com a União Europeia, num ambiente quase familiar, entre países afastados fisicamente, mas próximos pela sua história, empenhados no seu desenvolvimento e na promoção de negócios internacionais. Firmino Cordeiro refere que o conjunto dos países da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa “tem ainda muito a dar ao mundo em várias áreas, tendo como fulcral, a par de diferentes tipos de energia e dos recursos naturais, o setor agroalimentar como bandeira, se o tornarmos mais competitivo, exportador e mais sustentavél”. Ainda no decurso desta edição, a AJAP participou num seminário organizado pela Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), que se centrou sobre várias áreas de negócio e com a possibilidade de se interagir com a China. “Nos últimos anos temos assistido a um aumento das exportações de produtos agrícolas destes países para o resto do mundo, contudo, somos de opinião que esta comunidade de países ainda pode fazer crescer muito mais. O Brasil, como um dos grandes players mundiais na produção de alimentos, entende que ainda tem espaço para crescer mais, pelo que se os responsáveis destes países criarem as condições políticas necessárias para uma maior interação entre empresas e empresários, nomeadamente do Brasil e Portugal, em parceria com os agricultores de países como Angola, Moçambique, Guine Bissau, São Tomé e Cabo Verde, é possível colocar paulatinamente esta comunidade de países num lugar de ‘charneira’ na produção de alimentos a nível mundial”, antevê o diretor-geral da AJAP. Assim, insiste Firmino Cordeiro, é fundamental continuar a alertar os responsáveis destes países para assumirem mais compromissos com os seus empresários e com os seus jovens, para que possam ir desenvolvendo as suas iniciativas e as suas startups. “Queremos uma AJEPC mais robusta a apoiar o mais possível os seus associados, queremos uma CE-CPLP mais ativa para que se coloque verdadeiramente à disposição de todos os empresários. Também contra nós falamos, a AJAP deveria fazer ainda mais, mas tendo recursos limitados e apoios parcos da máquina do Estado, torna-se mais difícil fazer este tipo de missões a estas distâncias e com dificuldades de vária ordem”, afirma o responsável da AJAP. Contudo, lembra que, mesmo com estes condicionalismos, “devemos estar mais unidos nos grandes propósitos comuns, promover negócios, comercializar produtos e serviços de qualidade, colaborarmos ativamente com os países que falam a nossa língua, porque todos temos a ganhar, se a atitude, o arrojo e a vontade de remar para o mesmo lado for ainda maior”. A AJAP move-se por causas, não só nacionais, como internacionais, e em Macau, sempre esteve ao lado da AJEPC. Queremos colaborar para o bem de Portugal, de empresas portuguesas, e no lançamento de jovens em novos mundos e novos desafios. E esse é talvez o maior desafio que todas as organizações têm: apoiar e acompanhar as suas iniciativas, caso contrário todos perdemos. n

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