BA12 - Agriterra

FNA23 35 as empresas da região, que estiveram reunidas na Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, evento paralelo à FNA23. Na tradicional Exposição Agropecuária, as raças autóctones portuguesas estiveram bem representadas entre os cerca de 400 efetivos de raças bovinas e equinos (de coudelarias nacionais), caprinos, ovinos, suínos e galinhas em exibição nesta feira reconhecida como o maior certame agrícola nacional. A vitalidade da agricultura ficou demonstrada nestas mostras, onde foi possível observar um setor inovador, sofisticado e cada vezmais tecnológico. Mas, como evidenciou o debate nas mais de trinta conferências e seminários realizados ao longo da feira, os desafios que o setor enfrenta são complexos. Isso mesmo ficou patente no Ciclo de Conferências “Conversas de Agricultura”, com destaque para as questões da sustentabilidade, e nos demais encontros empresariais, como a Conferência Global de Avicultura, o evento dedicado à aplicação do PEPAC em 2023 ou a 10ª Conferência de Jovens Agricultores, durante a qual foi lançado o 10°Concurso de Jovens Agricultores, e que contou com a participação do eurodeputado Nuno Melo, que a Agriterra entrevista nesta edição. SOLUÇÕES INOVADORAS E MUITO NETWORKING Ávidas por novos contatos que permitam concretizar novos negócios, centenas de empresas expositoras animaram a Feira Nacional da Agricultura com lançamentos e demonstrações de produtos, serviços e equipamentos. Mas, num difícil contexto com desafios tão complexos como a seca, a crise económica ou a crise energética, que balanço fazem as empresas deste ponto de encontro do setor agrícola? De acordo comBruno M. Alves, diretor comercial do Espaço mecânico o certame permitiu perceber “a dinâmica gerada por todos os operadores em oferecer soluções que respondam às exigências que omercado exige, sejam elas soluções de rentabilidade funcional, económica ou financeira”. Contudo, “o contexto económico coloca desafios que promovem alguma expectativa relacionada com os apoios governamentais aos diversos sectores”, sublinha. Em termos de público, “foi visível uma maior participação”. Com a expectativa de recolher informação relevante na FNA sobre as tendências do mercado e compreender quais são as necessidades e dificuldades dos seus clientes, de modo a “tomar decisões estratégicas sobre o rumo do mercado e do setor”, a empresa afirma que “a primeira parte dos objetivos estão alcançados”. Outrameta foi, naturalmente, a recolha de potenciais contactos de empresas e projetos com interesse nos produtos e serviços que a Espaço Mecânico representa. Como explica Bruno Alves, “cumpre-nos agora tratar esta informação e traduzi-la em vantagens para concretização de negócios que possam ser profícuos para todas as partes”. Face à oportunidade de marcar, mais uma vez, presença neste evento nacional onde é visitada por pessoas de todo o país (regiões autónomas incluídas) e apresentar as suas gamas e novidades de equipamentos, a Kubota faz um balanço da FNA que ”só pode ser positivo”. Segundo Bruno Pignatelli, general manager da Tratores Ibéricos, que representa a marca Kubota em Portugal, “atingimos todos os objetivos propostos”, incluindo no que respeita à disponibilização do stand da empresa aos seus concessionários e colaboradores, para que comercializassem no local. Repetente de longa data no certame do CNEMA, a empresa reitera que “a maior crítica que fazemos, e desde há já muito tempo, é o facto de temporalmente [a FNA] ser muito alargada”. Ainda assim, no que concerne os nove dias de eventos e debate dos grandes desafios do mercado, Bruno Pignatelli defende que “tudo o que for feito no sentido de dinamizar qualquer indústria que tenha a ver com agricultura só pode beneficiar o nosso sector”, detalhando que “tem sido boa ideia dar um tema a cada edição da FNA”. Para a Atlas Agro Insurance MGA, a Feira Nacional da Agricultura “é, por excelência, um centro de dinamização agroalimentar - quer pelos temas Stand da Kubota na FNA23.

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