BA11 - Agriterra

ENTREVISTA 52 rar as nossas explorações e a aumentar a produção de alimentos para conseguir alimentar toda a população mundial, é necessário otimizar certos processos e a tecnologia ajuda-nos imenso. Apesar dos rápidos avanços tecnológicos e do bom trabalho dos profissionais do campo, será possível cumprir os objetivos estabelecidos pela CE para os próximos anos, especialmente os relacionados com a redução drástica da adição de fertilizantes e fitossanitários na agricultura? O cumprimento da nova legislação, em paralelo com uma maior exigência por parte do consumidor para saber como são produzidos os seus alimentos, vão servir de catalisadores para que a modernização do setor acelere comparativamente ao que aconteceria se a mudança ocorresse de forma orgânica. A chave para enfrentar esta transformação será fornecer ao agricultor as ferramentas necessárias e acompanhá-lo nessa viagem, para que não se comprometam os rendimentos das colheitas e a rentabilidade da sua atividade. Qual é a aposta da Yara na área dos bioestimulantes? Podem chegar a tornar-se uma solução alternativa à fertilização mineral em culturas extensivas, como os cereais de inverno ou o milho? Os bioestimulantes não podem, de forma alguma, substituir um plano de fertilização convencional, de base mineral ou orgânica, devido às elevadas exigências nutricionais das culturas para atingir as elevadas produções a que estamos habituados. No entanto, os bioestimulantes são o complemento ideal para um plano nutricional, visto que nos permitemmelhorar o aproveitamento do mesmo e também aumentar o rendimento líquido das colheitas. Por outras palavras, com os bioestimulantes da Yara ajudamos a reduzir a diferença existente entre o rendimento potencial genético de uma cultura e o rendimento real, dando mais um passo em frente na nutrição das culturas. Especialmente em momentos de elevada necessidade metabólica da planta ou condições externas adversas, tais como frio ou seca, podem ser um grande aliado para todo o tipo de culturas, incluindo cereais e milho. Que tipo de projetos relacionados com a fertilização de culturas e a digitalização está a Yara a desenvolver neste momento? São muitas as iniciativas em que estamos envolvidos neste momento, mas já que falávamos de sustentabilidade, gostaria de destacar uma linha de trabalho estreitamente relacionada com a estratégia "Farm to Fork", que permitirá ajudar tanto o agricultor, como a indústria agroalimentar a descarbonizar a cadeia, melhorando a sustentabilidade das culturas. Para o conseguir, temos um ambicioso leque de soluções, desde aplicações digitais e bioestimulantes para que se faça uma utilização mais eficiente da fertilização, até ferramentas para uma melhor rastreabilidade e inovação no desenvolvimento de novos produtos, como podem ser os fertilizantes verdes. Na área digital, o horizonte é trabalhar para conseguir uma maior conetividade com os agricultores e, em suma, dotá-los de ferramentas que lhes permitam uma maior otimização dos recursos, facilidade na gestão das suas explorações e uma maior rentabilidade dos seus negócios. No entanto, todos estes projetos verão a luz a curto prazo e as novidades irão chegando embreve, pelo que vos convidamos a ficar atentos ao nossowebsite e às nossas redes sociais. Quais podem ser as mudanças mais substanciais expetáveis no futuro da fertilização das culturas na Europa? A tendência dos últimos anos indica que estamos a aproximar-nos de ummodelo de agricultura emque é necessário fazer uma utilização mais sustentável de todos os recursos utilizados, quer em termos de fertilização, produtos fitossanitários ou utilização da água. Além disso, não só teremos de o realizar, como também teremos de ser capazes de proporcionar rastreabilidade ao longo do processo. Conceitos como pegada de carbono, pegada hídrica ou pegada ambiental serão cada vez mais relevantes. n C M Y CM MY CY CMY K

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