Desde a sua génese, a Lusosem assumiu um enorme compromisso com a sustentabilidade da cultura do arroz nacional promovendo a inovação e o desenvolvimento de soluções (sementes, agroquímicos e fertilizantes) e boas práticas que assegurem a viabilidade da cultura, numa ótica de valorização da fileira em forte colaboração com os diferentes intervenientes, desde a produção à indústria, atuando sempre de forma sustentável e responsável (base técnico-científica), garantindo assistência técnica e partilha de conhecimento para o setor numa lógica de grande proximidade.
Sendo um cereal que se consome sem ser processado, apenas é descascado e branqueado mecanicamente, as caraterísticas organolépticas e biométricas de cada variedade de arroz inserem-nas em grupos de mercado bem caracterizados, como os “carolinos”, “agulhas”, “risotos” ou “aromáticos”. Assim, apenas as variedades que aliam às melhores caraterísticas agronómicas às melhores qualidades para os mercados onde se inserem têm sucesso. O Ariete, lançado há mais de 20 anos, continua a ser a referência nos carolinos. Mais recentemente, variedades como o Teti no mercado internacional (médio cristalino) ou o Electtra no mercado nacional dos aromáticos são fortes apostas da Lusosem. Em poucos anos o Teti é já a segunda variedade mais semeada em Portugal, depois do Ariete.
Na actualidade, as infestantes têm sido o principal fator biótico responsável pela perda de rendimento na cultura. O arroz é cultivado em regime de monocultura e nos últimos anos tem aumentado a pressão de infestantes específicas da cultura com crescente dificuldade de controlo. Acresce a redução de soluções herbicidas disponíveis, com diferentes modos de acção, consequência de um contexto legal cada vez mais rígido na avaliação de novas moléculas e uma crescente pressão da opinião pública, que está a reduzir significativamente o número de produtos autorizados.
Por último, verifica-se uma crescente importância das Resistências aos herbicidas usuais, com frequente redução da eficácia no controlo de infestantes difíceis (exº: Echinochloas) e o aumento das resistências cruzadas que levam à perda de eficácia de produtos com o mesmo modo de ação.
A crescente dificuldade em controlar infestantes na cultura levou à criação em 2016 do Grupo Operacional +ARROZ. Projecto inserido no PDR 2020 que visou promover a sustentabilidade do agro-ecossistema arrozal nacional, tendo como objetivo encontrar soluções adequadas a diferentes geografias, estruturais e sustentáveis na cultura do arroz, orientadas para a resolução do problema do controlo de infestantes, nomeadamente das espécies de Echinochloa spp.
Este trabalho, liderado pela Lusosem em parceria com o INIAV, o ISA, o Cotarroz, a DRAP Centro, a Anseme, a Aparroz e a Gacha, permitiu obter resultados como o manual ‘Boas práticas na gestão das infestantes no arroz’, o livro ‘Infestantes dos arrozais de Portugal’ e uma ‘Ferramenta informática de apoio à decisão’, sediada no site www.maisarroz.com e que ajuda a identificar as principais infestantes e os herbicidas homologados para cada uma.
Em julho e setembro, foram realizadas várias visitas com orizicultores e técnicos da Beira Litoral, Ribatejo e Alentejo a estes campos. A troca de experiências com os agricultores José Pinto da Costa e Rui Rama e a partilha/divulgação desse conhecimento/resultados permitem que, na atual campanha, mais de 100 ha já estejam instalados pela primeira vez no vale do Sorraia, sendo previsível que a área dedicada à sementeira em seco, com semente enterrada, ultrapassem esta campanha os 400 hectares.
Foram vários os herbicidas que foram lançados neste contexto, tais como o Clincher®, o Viper® em 2006, o Viper Max®, em 2016 e mais recentemente o Loyant®.
Depois do sucesso que foi o lançamento do Loyant® em 2019, a Lusosem e a Corteva continuaram ativamente a trabalhar para em 2022 apresentar os herbicidas Agixa e Novixid em reuniões a nível nacional que alcançaram mais de 300 orizicultores e técnicos em que houve oportunidade para debater a melhor forma de os posicionar na estratégia de controlo de infestantes de cada região.
Todas estas alternativas e estratégias referidas reafirmam o compromisso e a prioridade da Lusosem no desenvolvimento de soluções inovadoras para o arroz, ajudando os produtores na proteção e sustentabilidade da cultura e na melhoria da sua rentabilidade.
Lusosem e Corteva lançam dois novos herbicidas para a cultura do arroz
Os orizicultores portugueses dispõem a partir desta campanha de dois novos herbicidas para a cultura do arroz - Agixa® e Novixid® - à base da substância ativa Rinskor TM Active, proporcionam maior eficácia, maior espectro de acção e elevada flexibilidade no controlo de infestantes em arroz.
Com o objectivo de ajudar os agricultores a melhorar a gestão das infestantes na cultura do arroz, a Lusosem apresentou há cerca de 3 anos a nova substância activa Rinskor™ Active (florpirauxifen-benzilo) da Corteva® Agriscience. O seu modo de acção diferenciador ajudou os produtores de arroz a melhorar a rentabilidade da cultura, graças à eficácia, espectro de acção e à possibilidade de estabelecer novas estratégias de controlo de infestantes, dada a sua flexibilidade de utilização. Como resultado desta inovação, nasceu o Loyant® que comprovou que é uma peça-chave em programas de controlo de infestantes na cultura do arroz, obtendo grande aceitação por parte do sector.
Agora, com o objectivo de oferecer mais e melhores soluções para os múltiplos problemas das infestantes do arroz, a Corteva® expande a família Rinskor™ Active com dois novos produtos potenciados por esta substância ativa: Agixa® e Novixid®.
Graças a estes novos produtos, que a Lusosem disponibiliza ao mercado nacional já esta campanha, os agricultores poderão contar com soluções mais eficazes, com um maior espectro de acção, e que permitem uma melhor gestão de resistências das infestantes mais problemáticas como Echinochloa spp., Alisma plantago-aquatica e Cyperus difformis, entre outras.