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AJAP elegeu novos órgãos sociais

Redação Agriterra22/07/2021

A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) foi a eleições esta quarta-feira, 21 de julho, num ato que escolheu os novos órgãos sociais para um novo triénio.

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Segundo informações recolhidas pela Agriterra, os principais destaques que resultam destas eleições, prendem-se com a profunda restruturação operada nos titulares dos órgãos sociais (mais de 60% de novas entradas), e com as declarações do Presidente da Mesa da Assembleia Geral cessante, Manuel Castro e Brito, do empossado Presidente da Direção, Pedro Rei, e de Firmino Cordeiro na qualidade de Diretor Geral da organização.

Da direção da AJAP, composta por cinco elementos, apenas o Presidente, Pedro Rei, e o Vice-Presidente, André Silva, se mantiveram.

Henrique Silvestre, do Vale da Rosa, assume a outra Vice-Presidência, ocupando o cargo de vogais do mesmo órgão Samuel Pereira, de Torres Vedras, e André Freitas, do Vale do Mondego.

Para a Presidência da Mesa da Assembleia Geral, Manuel Castro e Brito (por ultrapassar os 40 anos) é substituído por Eduardo Almendra, ex-Presidente da Direção, sendo a Vice-presidência assegurada pela veterinária Joana Rodrigues, e o Secretária do mesmo órgão fica a cargo de Romeu Sequeira, candidato assumido a Presidente da Casa do Douro.

O Conselho Fiscal é presidido por André Macedo, Gestor e jovem agricultor em Braga, e como membros deste órgão, Cátia Pinto, investigadora e Secretária Executiva do Smart Farm Colab, Hugo Bacalhau da GojiNatur Lda, empresa agrícola da Vidigueira, José Lebres, vitivinicultor no Douro e Tiago Caldeira empresário agrícola em Alfândega da Fé.

Firmino Cordeiro, Diretor Geral da AJAP, afirma que “esta é uma composição dos diferentes órgãos sociais, muito equilibrada, não só pela existência em cada órgão de titulares das diferentes regiões do país, como pelas culturas agrícolas e efetivo pecuário distribuído entre eles, bem representativo das principais culturas agrícolas e efetivo existente no País”.
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Prioridades e desafios

“Os desafios e as dificuldades são muitas, mas a ambição, a força e a determinação destes diretores e restantes colegas são seguramente suficientes para as ultrapassar. Jovens Agricultores, Agricultores, Jovens Empresários Rurais, CEJA – Conselho Europeu de Jovens Agricultores e Cooperação com as Organizações Parceiras dos Países da CPLP, Formação Profissional e Capacitação, são a razão do empenho de toda a AJAP, na valorização do setor e no efetivo reconhecimentos de todas e todos os seus atores em Portugal, na Europa, e nos países que falam a nossa língua”, acrescenta Firmino Cordeiro.

Sustentabilidade na Agricultura, Digitalização do Setor, Economia Circular, Tecnologia de Ponta, Agricultura Biológica, Agricultura de Precisão, Alterações Climáticas, Inovação, Denominações de Origem, Comercio Tradicional e Local, E-Comerce, Sequeiro, Inteligência Artificial, Regadio, Exportações, Auto-suficiência Alimentar. São estes os eixos que, segundo a AJAP, a associação tem de se focar nos próximos tempos, ou seja, "encontrar os equilíbrios entre modelos e práticas produtivas, o combate à desertificação, o equilíbrio dos ecossistemas e o combate às alterações climáticas".

Para a AJAP, “deve imperar o bom senso nas medidas de politica a implementar, deve imperar a proteção a sistemas agrícolas mais débeis como se devem apoiar aos sistemas agrícolas mais intensivos e produtivistas sem com isso prejudicar os recursos naturais e a sustentabilidade”.
Empresário agrícola da região de Beja, Manuel Castro e Brito sabe bem os contornos da agricultura de sequeiro que praticava com o seu pai, antes do Alqueva, e da agricultura de regadio em extensas áreas de olival e amendoal que pratica agora com a albufeira em pleno fornecimento de água aos beneficiários.

No seu curto discurso de despedida na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia, abordou a importância da água na agricultura e defendeu que Portugal deve assumir um forte investimento público na captação da água das chuvas que acabam por correr para o mar, um pouco por todas as regiões do País dadas as caraterísticas do nosso clima e as alterações em curso.

Apelou à força reivindicativa da AJAP e dos seus associados, nesta e noutras lutas, nomeadamente pela junção de produções, como forma de alcançarmos melhor posição negocial junto da grande superfície e outros intermediários. Frisou ainda que o setor agrícola tem sido dos setores da economia que mais se tem destacado pela inovação e pelo aumento das exportações.
E deixou uma nota de esperança de futuro num setor que deve apoiar ainda mais a entrada de jovens agricultores.
Já Pedro Rei, novo Presidente da AJAP, salientou no seu discurso de tomada de posse: “em nome da AJAP, quero agradecer muito o facto de aceitarem fazer parte dos órgãos sociais desta prestigiada organização do setor agrícola, pecuário, florestal, agroalimentar, agroindustrial, dos territórios rurais de Portugal e com alguns projetos na Europa e junto dos países da CPLP”.

“É verdade que centramos a nossa preocupação nas medidas de política destinadas aos Jovens Agricultores, contudo, permitam-me que evidencie uma importante iniciativa que tem mobilizado a AJAP nos últimos anos, o JER - Jovem Empresário Rural. Desde janeiro de 2019, esta figura foi publicada em DR e assumida pelo então Governo liderado pelo mesmo primeiro-ministro do atual. Esta figura fruto de muitas das nossas preocupações associadas ao abandono e desertificação a que muitas regiões do nosso território estão cada vez mais expostas, aguarda que os Ministérios da Agricultura, da Coesão Territorial e da Economia, percebam que investir nos territórios rurais em Portugal de forma duradoira, também passa por instalar de forma consertada e apoiada Jovens Empresários Rurais. Podemos e devemos exigir mais empenho e concertação destes ministérios, sob pena de ser mais um projeto de gaveta”, vincou o responsável.

Pedro Rei salientou ainda que “como organização temos as nossas limitações, mas estamos em todas as frentes porque fomos ganhando créditos, reconhecimento e notoriedade junto das demais organizações, junto do Governo, e dos partidos da oposição, junto do mundo académico, junto dos mais jovens, por exemplo das escolas profissionais de agricultora e junto da sociedade no seu todo".

"Quero, neste ato, homenagear todos esses guerreiros do passado que descreveram estes 38 anos da nossa existência, e em nome de todos relembro os ex-presidentes que percorreram esta trajetória de sucessos. Cada um ao seu estilo, têm em comum a resiliência, insistência, tenacidade e quase sempre sem vacilar edificaram esta estrutura organizativa que a cada ano que passa cresce e afirma-se cá dentro e noutras geografias: Costa e Oliveira, Moreira da Silva, Constantino Silva, Firmino Cordeiro, Ricardo Brito Pães e Eduardo Almendra”.

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A AJAP

A AJAP foi criada em 1983 para dar resposta a duas questões fundamentais: consciencializar os empresários agrícolas para a importância do movimento associativo e representar os Jovens Agricultores Portugueses a nível nacional e internacional.

É uma organização privada sem fins lucrativos, reconhecida como pessoa coletiva de utilidade pública, com o estatuto de Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) e membro do Conselho Económico e Social (CES).

A AJAP é a única organização que representa a nível nacional, europeu e internacional, os Jovens Empresários Agrícolas Portugueses, com idades compreendidas entre os 18 e 40 anos.

Decorrente do trabalho e empenho de toda a sua equipa, a AJAP participa ativamente na discussão, concertação e reflexão dos problemas dos Jovens Agricultores e dos Jovens Empresários Rurais em particular e dos agricultores em geral, conferindo um importante contributo para dinamizar o espaço rural, sendo a agricultura a sua atividade estruturante.

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